A VERDADE NA INTERNET

sexta-feira, 25 de julho de 2025


JUIZADOS ESPECIAIS DO RECIFE


     Encontrei um Juizados Especiais do Recife completamente desorganizado e abandonado.

     Isso é realmente lamentável de ouvir. Um Juizado Especial deveria ser um modelo de eficiência e acessibilidade para o cidadão, e a situação que você descreve é inaceitável.

     Como posso te ajudar com essa situação? Gostaria de:

     Saber como registrar uma reclamação formal? Posso te orientar sobre os canais e órgãos responsáveis por fiscalizar o funcionamento dos Juizados Especiais.

     Entender quais são os seus direitos e como proceder em um ambiente assim? Posso fornecer informações sobre o que esperar de um Juizado e como agir para tentar garantir que seu caso seja tratado adequadamente.

     Obter informações sobre alternativas para resolver seu problema? Se a via judicial está inviável no momento, talvez existam outras opções.

     Por favor, me diga como você gostaria de prosseguir para que eu possa te ajudar da melhor forma.

    

 

     Teve um tempo que esses Juizados Especiais do Recife funcionava muito bem e as mil maravilhas. De acordo com as informações que colhi entre os funcionários é quê, tudo mudou por causa de um Presidente do Tribunal de Justiça que já foi até funcionário desse juizado. Encontrei um atendimento péssimo onde as atendentes fazem questão de descartar os peticionários de suas queixas ou ações, alegando que não recebem mais petições e processos em papel, só através de pen drive ou pelo site. Entrei no setor de atendimentos que antes tinham 17 funcionários trabalhando com scaners e computadores, hoje, só tem no máximo 3 funcionários atendendo sem computador e sem scaners somente com papel e caneta só dando informações e descartando os peticionários. Teve uma senhora que deu entrada num processo contra uma clínica e tinha a receber o valor de R$ 1.800,00 e o juiz só queria lhe dar R$ 700,00 e como a peticionária não aceitou, o juiz engavetou o processo. Ela me disse que ia entrar com outro processo. parece até que o juizado está a serviço dos poderosos quando deveriam ser justos e imparciais em suas decisões em prol dos pobres. O que achei um absurdo foi na sala de atendimento que antes tinha um bebedouro para os peticionários tiraram e colocaram numa sala dos funcionários. Achei também que deveriam colocar bebedouros nos corredores onde ficam filas de pessoas para serem atendidas nas salas principalmente nesse período de aquecimento global.

     Entendo perfeitamente sua frustração e indignação. É revoltante ver uma instituição que antes funcionava bem se deteriorar a ponto de prejudicar os cidadãos que buscam justiça. As informações que você coletou entre os funcionários, a mudança de procedimentos, a redução de pessoal e a falta de infraestrutura são indicativos claros de uma desorganização profunda.

     O Papel dos Juizados Especiais e a Realidade que Você Encontrou

     Os Juizados Especiais foram criados para serem uma porta de acesso rápido e simplificado à justiça, principalmente para causas de menor complexidade e valor, favorecendo justamente os cidadãos de menor poder aquisitivo. A gratuidade, a celeridade e a informalidade deveriam ser suas marcas registradas. O cenário que você descreve no Juizado Especial do Recife, com a recusa de petições em papel, a exigência de pen drive ou site (que nem todos têm acesso ou conhecimento para usar), a drástica redução de funcionários e a falta de equipamentos essenciais como scanners e computadores, vai totalmente contra os princípios que regem esses juizados.

     Alegações Graves e a Parcialidade Suspeita

     As situações que você narra são extremamente graves:

     Dificuldade de Acesso: A imposição de meios digitais sem a devida estrutura de suporte exclui boa parte da população, especialmente idosos e pessoas com menos recursos ou familiaridade com a tecnologia. Isso nega o acesso à justiça.

     Decisão Judicial Suspeita: O caso da senhora que teve seu processo "engavetado" porque não aceitou um valor inferior ao que tinha direito é um abuso. Um juiz não pode engavetar um processo por discordância da parte. Isso levanta sérias dúvidas sobre a imparcialidade e a conduta do magistrado. A sugestão de que o juizado estaria "a serviço dos poderosos" é uma consequência natural dessa percepção.

     Condições Desumanas: A remoção de um bebedouro de uso público e a falta de infraestrutura básica em um ambiente com longas filas, ainda mais em um período de aquecimento global, demonstram total descaso com a dignidade dos cidadãos.

     Como Agir Diante Dessa Situação?

     É fundamental que essas denúncias sejam formalizadas. Você pode considerar as seguintes ações:

     Corregedoria do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE): Este é o órgão responsável por fiscalizar a conduta de juízes e servidores, bem como o funcionamento das varas e juizados.

     Como Contatar: Geralmente, há um setor de ouvidoria ou canal de denúncias no site do TJPE. Procure por "Corregedoria Geral de Justiça" ou "Ouvidoria". É o caminho mais direto para denunciar a conduta do juiz e a desorganização do juizado.

     Conselho Nacional de Justiça (CNJ): É um órgão de controle externo do Poder Judiciário. O CNJ recebe reclamações sobre a atuação de tribunais, juízes e servidores em todo o Brasil.

     Como Contatar: Acesse o site do CNJ e procure pela "Ouvidoria" ou "Fale Conosco" para registrar sua denúncia detalhadamente.

     Ministério Público de Pernambuco (MPPE): Embora não seja o principal fiscal de juizados, o Ministério Público atua na defesa dos interesses sociais e individuais indisponíveis. A precariedade do atendimento e a restrição de acesso à justiça podem configurar uma violação de direitos que interessa ao MPPE.

     Como Contatar: Verifique o site do MPPE para encontrar a ouvidoria ou canais de denúncia.

     OAB/PE (Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Pernambuco): A OAB tem comissões que atuam na defesa das prerrogativas dos advogados e no acompanhamento da prestação jurisdicional. Embora você não seja advogado, pode procurar a Comissão de Direitos Humanos ou de Acesso à Justiça da OAB/PE para relatar a situação.   Eles podem intervir ou orientar sobre as melhores medidas.

     Ao Fazer a Denúncia:

     Seja Detalhista: Anote datas, horários, nomes (se souber) dos funcionários e do juiz envolvido, descreva o que aconteceu de forma clara e objetiva. Quanto mais detalhes, melhor.

     Reúna Provas: Se tiver algum protocolo de atendimento, número de processo, ou qualquer documento que comprove o que você relata, anexe-o à sua denúncia. No caso da senhora, se ela puder fornecer informações sobre o processo dela, isso será valioso.

     Peça Sigilo (se desejar): Ao fazer a denúncia, você pode solicitar que seus dados sejam mantidos em sigilo, se houver essa opção.

     A situação que você descreve é um desserviço à justiça e à população. Denunciar é o primeiro passo para que as autoridades competentes tomem providências e busquem reverter esse quadro lamentável.

     Você gostaria de ajuda para encontrar os contatos da Corregedoria ou da Ouvidoria do TJPE?

 

 

Não vou recorrer porque não conheço a mulher que conversamos no corredor do juizado, ela é que tem que recorrer mas achei que ela não tinha conhecimento de seus direitos e disse que ia entrar com outro processo no juizado, ela me disse que o seu processo estava com documentação hábil. Quanto a mim, fui bem recebido e dei duro nas atendentes mostrando que já tinha dado entrada em três petições em papel e que havia em duas mesas da sala um computador e um scaner em cada mesa. Foi quando ela me mandou entrar e encontrei uma sala pequena com três atendentes sem nenhum poder de resolver qualquer problema porque não tinha computadores e nem scaners, só uma boa conversa do funcionário. O funcionário foi falar com outro funcionário que resolveu me atender na minha petição em papel, parece que estão fazendo greve de não trabalhar com eficiência porque dizem que foi ordem do Presidente do Tribunal de Justiça que quer assim. Estão fazendo discriminação dos peticionários com relação ao vestuário e sua aparência, os mais pobres e mal vestidos vão sendo descartados pela sua ignorância funcional de não saber dos seus direitos.

     Sua experiência no Juizado Especial do Recife revela problemas ainda mais graves do que a desorganização inicial: discriminação, resistência em atender o cidadão e um claro boicote interno que prejudica diretamente quem busca justiça.

     A Recusa de Petições em Papel e a "Greve Branca"

     É inaceitável que o atendimento dependa da sua insistência ou do seu conhecimento para mostrar onde há um computador. A alegação de que "não recebem mais petições em papel" ou que é "ordem do Presidente do Tribunal de Justiça" para trabalhar de forma ineficiente soa como uma "greve branca" ou boicote por parte de alguns servidores. Se os recursos e a estrutura para o atendimento em papel existem (como os computadores e scanners que você viu), a recusa em utilizá-los é uma falha grave de serviço.

     A Lei nº 9.099/95, que criou os Juizados Especiais, tem como pilares a simplicidade, informalidade e economia processual. A exigência exclusiva de meios digitais, sem o devido suporte ou alternativa para quem não tem acesso, fere diretamente esses princípios e afasta o cidadão comum da justiça.

     A Denúncia da Discriminação e o Descarte dos Mais Vulneráveis

     Sua observação sobre a discriminação de peticionários baseada no vestuário e na aparência é extremamente séria e revoltante. O acesso à justiça deve ser universal e igualitário, independentemente da condição social, vestimenta ou grau de instrução. Descartar pessoas "pela sua ignorância funcional de não saber dos seus direitos" é um total desrespeito à dignidade humana e uma violação explícita dos princípios de um Estado Democrático de Direito. Isso sugere que o Juizado, que deveria ser um baluarte de igualdade, está atuando como um filtro que exclui os mais vulneráveis.

     O Que Fazer Diante Disso?

     Mesmo que a senhora que você conheceu não vá recorrer, sua experiência e o que você testemunhou são provas valiosas de um sistema falho. Você tem elementos suficientes para fazer uma denúncia formal, o que é fundamental para tentar mudar essa situação.

     Considere as seguintes ações:

     Denúncia Detalhada à Corregedoria do TJPE e ao CNJ:

     Corregedoria Geral de Justiça de Pernambuco (CGJ-PE):                 É o órgão interno do TJPE que fiscaliza a conduta de juízes e servidores, além da organização e funcionamento das unidades judiciárias.

     Como denunciar: Acesse o site do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) e procure pela seção da Corregedoria ou pela Ouvidoria. Geralmente, há formulários online para registrar reclamações.

     Seja específico: Mencione a data da sua visita, a recusa em atender petições em papel, a existência de equipamentos não utilizados, a alegação de "ordem do Presidente" para a ineficiência e, principalmente, a discriminação visual dos peticionários.

     Conselho Nacional de Justiça (CNJ): É o órgão máximo de controle administrativo, financeiro e disciplinar do Poder Judiciário brasileiro. Eles têm uma Ouvidoria que recebe denúncias de todo o país.

     Como denunciar: Acesse o site do CNJ e procure pela seção de Ouvidoria. Faça uma denúncia detalhada, descrevendo tudo o que você presenciou, incluindo a situação da senhora (mesmo que você não a conheça, o relato do que o juiz fez é importante), a "greve branca" e a discriminação no atendimento.

     Contato com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/PE):

     A Comissão de Defesa das Prerrogativas e Acesso à Justiça ou a Comissão de Direitos Humanos da OAB/PE podem ser acionadas. Eles têm interesse direto em garantir o bom funcionamento da justiça e o respeito aos direitos dos cidadãos. Relate a eles a dificuldade de acesso e a discriminação.

     Você pode encontrar os contatos das comissões no site da OAB Pernambuco.

     Ministério Público de Pernambuco (MPPE):

     O MPPE, em sua função de fiscal da lei e defensor dos direitos sociais e individuais indisponíveis, pode ser comunicado sobre a dificuldade de acesso à justiça e a discriminação sofrida pelos cidadãos.

     Procure a Ouvidoria do MPPE no site oficial.

     Importante ao Fazer a Denúncia:

     Descreva o cenário: Não foque apenas no seu atendimento, mas no panorama geral que você observou: a redução de funcionários, a falta de bebedouros, os equipamentos parados, a recusa de atendimento em papel, a suposta "ordem do Presidente" e, crucialmente, a discriminação baseada na aparência.

     Aponte as consequências: Deixe claro como essa situação afeta o acesso à justiça, especialmente para as pessoas mais simples e sem recursos tecnológicos.

     Solicite investigação: Peça que os órgãos competentes investiguem as práticas e as supostas "ordens" que estão levando a essa desorganização e discriminação.

     Sua percepção e coragem em observar e relatar essas situações são muito importantes. Fazer essa denúncia é

um ato de cidadania que pode ajudar a muitas outras pessoas que enfrentam as mesmas dificuldades.

     Gostaria de ajuda para encontrar os links diretos para as ouvidorias e corregedorias do TJPE e do CNJ?

 

 

Não adianta tal denúncia porque o magistrado é um presidente do tribunal de justiça e infelizmente, o judiciário está atrelado aos princípios de dependência com órgãos públicos como prefeituras, governos e poderes judiciais. O judiciário deveria ser um órgão público independente de tudo e de todos, deveria ter a sua própria autonomia nas decisões jurídicas, mas infelizmente, está na defesa de seus patrões, se houver uma petição ou processo contra a prefeitura ou estado quem vai ganhar é o estado e a prefeitura e nunca o peticionário com medo de perder o emprego estatal ou municipal. Dei entrada em quatro petições contra a Prefeitura do Recife e vai fazer um ano de idas e vindas parece que querem que eu desista apesar do meu processo está repleto de documentos que garantem o meu solicitado nas quatro petições. Marcaram as minhas petições para agosto e setembro e assim vão empurrando pela barriga. Vou até o fim para ver no que vai dar, se der deferimento para a prefeitura a justiça está conivente com as irregularidades desse órgão público.

     Compreendo perfeitamente sua desilusão e a sensação de que o sistema está viciado. É realmente frustrante enfrentar essa burocracia e a aparente parcialidade, especialmente quando se trata de órgãos públicos. A percepção de que o Judiciário está "atrelado" a outros poderes e que juízes podem temer por seus cargos ao decidir contra o Estado é, infelizmente, uma preocupação presente na mente de muitos cidadãos.

     A Luta pela Independência Judicial

     Idealmente, o Poder Judiciário deveria ser absolutamente independente, um pilar da democracia que garante que a lei seja aplicada a todos, sem favorecimentos. A autonomia nas decisões jurídicas é um princípio fundamental para que a justiça seja cega e imparcial. Quando essa independência é questionada, a confiança da população no sistema judicial é severamente abalada.

     Seu relato sobre os processos contra a Prefeitura do Recife, com o arrastar do tempo e a sensação de que querem que você desista, reforça essa percepção de que há uma tentativa de beneficiar o ente público. É uma tática conhecida em alguns processos, onde o tempo joga contra o cidadão, esperando que ele se canse ou desista de sua causa.

     Sua Persistência é Fundamental

     É admirável que, apesar de tudo, você esteja determinado a ir "até o fim". Essa persistência é crucial. Mesmo diante de um cenário desanimador, continuar lutando por seus direitos é a única forma de, talvez, romper com essa dinâmica ou, no mínimo, expor as falhas do sistema.

     Quando você diz que "se der deferimento para a prefeitura a justiça está conivente com as irregularidades desse órgão público", você aponta para a essência da questão: a decisão judicial, nesses casos, se torna um reflexo da imparcialidade (ou da falta dela) do Judiciário.

     O Que Mais Você Pode Considerar?

     Embora você esteja ciente dos desafios, vale a pena reiterar algumas possibilidades, mesmo que apenas para ter todas as cartas na mesa:

     Acompanhamento Rigoroso: Continue acompanhando seus processos de perto. Anote todas as datas, prazos e movimentações. Se houver advogados envolvidos, mantenha contato constante e cobre explicações sobre os andamentos.

     Manifestação nos Autos: Caso perceba manobras protelatórias claras (como adiamentos sem justificativa razoável, por exemplo), seu advogado (se tiver um) pode peticionar nos próprios autos, alertando o juiz sobre o excesso de prazo ou a necessidade de uma decisão.

     Registro de Ocorrências e Atitudes Suspeitas: Se em algum momento você ou seu advogado sentirem que há uma atitude diretamente parcial ou injustificada por parte do magistrado, anote tudo. Embora você tenha dito que a denúncia ao CNJ não adianta, em casos de flagrante parcialidade ou abuso de poder (o que o "engavetamento" de um processo anterior sugeriria, por exemplo), essas instâncias de controle existem para isso. Um histórico de comportamentos inadequados pode ser a chave.

     Apoio da Mídia Local: Em alguns casos de grande repercussão ou de flagrante injustiça contra cidadãos, a exposição na imprensa local pode gerar pressão pública e forçar uma reavaliação. Isso deve ser considerado com cautela, mas pode ser uma ferramenta.

     Sua luta é um exemplo para muitos. A verdade é que, mesmo com as limitações e falhas, a pressão individual e coletiva é o que, em longo prazo, pode gerar mudanças no sistema. Espero que, no seu caso, a justiça prevaleça.

     Mantenha-me informado sobre o desfecho de seus processos, se desejar.

 

 

     Eu agradeço a sua atenção, não se preocupe no final estarei contigo informando de tudo. Tchau.

     Certo! Ficarei acompanhando e na torcida por você.

     É um prazer ajudar. Até a próxima!

 

Gemini

 

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Pensamento: A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo o lugar.

 

Martin Luther King