A IA E A COP-30


     Acredito que o aquecimento global pode ser amenizado com uma paralização total do mundo por uma semana por mês, isso iria melhorar o clima e o ar. Se todos os meses as indústrias e o comécio fechassem por uma semana talvez o clima melhorasse muito.

     Essa é uma ideia muito interessante que toca em um ponto crucial: a redução drástica das emissões de gases de efeito estufa e da poluição.

     A paralisação que você sugere, de fato, teria um impacto imediato e significativo na qualidade do ar e nas emissões globais durante essa semana.

     Benefícios potenciais imediatos:

     Redução da Poluição do Ar: Com menos carros, caminhões e atividade industrial, a emissão de poluentes (como óxidos de nitrogênio e material particulado) cairia drasticamente, resultando em um ar mais limpo nas cidades. Isso foi observado em algumas regiões durante os lockdowns da pandemia de COVID-19.

     Diminuição Temporária nas Emissões de Carbono:   Uma grande parte das emissões de CO2 e outros gases de efeito estufa seriam interrompidos durante o período de paralisação.

     Desafios e Considerações Complexas:

     Impacto Econômico e Social: Uma paralisação mensal de uma semana teria um custo econômico e social imenso e insustentável. Isso afetaria:

     Fornecimento de bens essenciais: Alimentos, medicamentos, energia e serviços básicos.

     Empregos e Renda: Muitas pessoas perderiam a capacidade de trabalhar e sustentar suas famílias.

     Cadeias de Suprimentos: A produção e o transporte global seriam severamente interrompidos.

     Efeito de Rebatida (Rebound Effect): A atividade perdida na semana de paralisação poderia ser compensada por um aumento da produção e das emissões nas três semanas seguintes, à medida que as indústrias tentassem recuperar o atraso, anulando parte do benefício ambiental.

     Solução de Longo Prazo: Para amenizar o aquecimento global de forma duradoura, é fundamental uma transição estrutural e permanente para tecnologias limpas e práticas sustentáveis (como energias renováveis, transporte elétrico, eficiência energética e sequestro de carbono), e não apenas uma interrupção temporária.

     Em resumo, sua ideia ilustra o poder de parar as emissões, mas as soluções reais e viáveis buscam desacoplar o crescimento econômico da poluição, permitindo que a sociedade funcione sem causar danos climáticos, em vez de exigir que ela pare completamente.     

 

 

     O que é melhor para humanidade parar e ter um prejuízo de uma semana por mês ou ser extinta pelo aquecimento global. Não adianta essas promessas de tecnologias limpas e sequestros de carbono, tudo isso não passa de uma gota de água no oceano. A limpeza do planeta por uma semana é mais rápida e não pede nenhum dinheiro a ninguém. E essas promessas não passam de palavras vazias e ninguém está querendo resolver o problema mundial.

     Sua colocação levanta um dilema moral e prático muito profundo sobre a urgência da crise climática e a eficácia das soluções atuais. É compreensível sua frustração e seu ceticismo em relação às promessas políticas e tecnológicas.

     A Escolha: Sobrevivência vs. Sacrifício Extremo

     Você está essencialmente perguntando: O que é pior: o colapso econômico mensal ou a extinção climática?

     Extinção pelo Aquecimento Global: A ciência climática aponta que as piores projeções de aquecimento (cenários de "business as usual") resultariam em riscos existenciais para a civilização, incluindo:

     Inundações costeiras massivas e migrações em escala global.

     Eventos climáticos extremos insustentáveis (secas ondas de calor, tempestades).

     Insegurança alimentar e colapso de ecossistemas essenciais.

     Conflitos por recursos.

     Portanto, a extinção ou o colapso civilizacional é o pior cenário possível.

     Paralisação Mensal: Embora seu plano priorize a ação climática acima de tudo, ele resultaria em um colapso econômico e social de outra natureza. Um prejuízo de uma semana por mês (25% da atividade econômica) ao longo do tempo não é sustentável e provavelmente levaria a:

     Fome e miséria em escala global, pois o sistema de produção e distribuição de alimentos, energia e medicamentos seria quebrado.

     Distúrbios sociais e anarquia, pois as necessidades básicas não seriam atendidas.

     Ou seja, levaria a um colapso social diferente do climático, mas igualmente devastador para a vida humana.

     Por que o Ceticismo sobre Soluções "Lentas" é Válido, mas as Soluções Estruturais são Necessárias?

     É verdade que as soluções propostas (tecnologias limpas, sequestro de carbono) parecem lentas e insuficiente dada a escala do problema. No entanto, elas representam a única forma de manter a sociedade em funcionamento enquanto se resolve o problema climático.

     Tecnologias Limpas Não São Uma Gota: A transição para energia solar, eólica e mobilidade elétrica já está em curso e, em muitos casos, é mais barata do que o uso de combustíveis fósseis. A meta não é apenas limpar o ar, mas sim reestruturar toda a matriz energética global para que não haja mais emissões, permitindo que a economia opere sem poluir.

     O Papel do Sequestro de Carbono: Embora não seja a solução principal, o sequestro de carbono é crucial para neutralizar as emissões de setores onde a descarbonização é muito difícil (como aviação e alguns processos industriais pesados), e não para evitar a mudança do sistema como um todo.

     A Solução é a Velocidade da Mudança: A comunidade global precisa acelerar drasticamente a implementação dessas tecnologias para atingir a meta de "carbono zero" por volta de 2050 (ou antes), que é o prazo que os cientistas definiram para evitar os piores impactos.

     Sua proposta é um grito por ação imediata e radical, e é um lembrete poderoso de que a crise é urgente. Contudo, em termos de sobrevivência humana, a melhor alternativa é a aceleração máxima da transição tecnológica e estrutural para uma economia de carbono zero, pois é a única maneira de evitar o colapso climático sem causar um colapso social imediato.

 

 

     Se não é possível dessa maneira e da outra também se torna impossível por ser muito devagar e quase parando enquanto o aquecimento global não espera por ninguém e está operando de maneira rápida e destrutiva. Então esperem o ano de 2100 para ver o mundo sem vidas e fiquem defendendo o poder econômico em troca das vidas humanas. Enquanto o mundo estiver abarrotado de gente (explosão demográfica) a humanidade está correndo perigo de extinção.

     Seu desespero e seu ponto de vista são legítimos e refletem a profunda angústia de ver a ameaça climática avançar mais rápido do que a ação global. Sua crítica ao foco no "poder econômico" em detrimento das vidas humanas é o cerne do debate sobre a Justiça Climática.

     Você toca em dois pontos cruciais e frequentemente interligados: a lentidão das soluções e a pressão da explosão demográfica.

1.      A Crítica da Lentidão e o Foco no Colapso

     É inegável que a resposta global à crise climática tem sido lenta e fragmentada se comparada à velocidade da destruição ecológica. Quando você propõe a paralisação mensal, está priorizando a sobrevivência do sistema planetário acima do sistema econômico.

     O Dilema do Risco: A humanidade não está defendendo o poder econômico em troca de vidas, mas sim em uma tentativa de evitar dois colapsos: o climático (lento, mas catastrófico) e o social/econômico (rápido desencadeado pela paralisação).

     A Injustiça da Ação: As consequências do aquecimento global não atingem a todos igualmente.    São as populações mais pobres e vulneráveis que sofrem primeiro e mais intensamente. Curiosamente, a pesquisa mostra que os 0,1% mais ricos do planeta produzem mais poluição de carbono em um único dia do que metade da população mundial em um ano.

     Isso reforça a ideia de que o problema não é apenas o "mundo abarrotado de gente", mas sim o padrão de consumo e as emissões de uma pequena fatia da população rica e dos países industrializados.

2.      O Mito da "Explosão Demográfica" como Única Causa

     Você tem razão ao dizer que mais pessoas significam, em tese, maior demanda por recursos e mais emissões. O crescimento populacional e o aquecimento global estão ligados, mas a pesquisa global mostra que a relação é mais complexa:

     Consumo vs. População: A principal força motriz do aquecimento global não é o número total de pessoas, mas sim o consumo per capita e o nível de vida (especialmente nos países ricos). Países em desenvolvimento, com grande população, frequentemente têm emissões per capita muito baixas.

     Tendências Demográficas Reais: Contrariando a ideia de "explosão" descontrolada, a taxa de fecundidade global está diminuindo rapidamente. A ONU projeta que a população mundial atingirá um pico por volta de 2080 e, em seguida, começará a diminuir. Essa transição demográfica é um fator de mitigação de longo prazo.

     O Foco Real: Mudar o sistema de energia para que ele seja 100% limpo e reduzir o consumo de alto impacto (como a pecuária industrial e a aviação de luxo) são ações que têm um impacto muito maior e mais rápido no combate ao clima do que o mero controle populacional.

     A Esperança na Aceleração (Não na Extinção)

     Você está certo em exigir que paremos de defender o status quo destrutivo. A solução mais viável (aquela que evita os dois colapsos) é a aceleração radical da transição energética, exigindo sacrifícios dos maiores poluidores agora, e não apenas esperar por 2100.

     As mudanças já estão acontecendo, embora de forma desigual: a energia solar e eólica já são as formas de eletricidade mais baratas em muitas partes do mundo. O desafio é a velocidade da implementação.

 

 

     O problema principal que ninguém quer assumir é dizer que o homem é o responsável pelo aquecimento global, se existe explosão demográfica logo teremos: Poluição do ar, da terra, das águas em geral, invasão de terras: urbanização, desmatamentos, incêndios criminosos, causando savanas e desertos, extinção de biomas, consumo populacional, natalidade em explosão. Ainda vem dizer que o aquecimento global não é por causa da explosão demográfica mundial, eu só vejo o homem como o principal responsável por tudo que está acontecendo no mundo e só tem um jeito é diminuir a população mundial ao ponto de sustentabilidade do planeta que não aguenta mais tanta gente a destruir a natureza (oito bilhões de pessoas até agora). Não existem soluções doces para a contenção das ações amargas que o planeta está sofrendo, o resto é conversa mole.

     É muito claro o seu ponto de vista: a ação humana é a causa central da crise climática, e a superpopulação é vista por você como a raiz de todos os problemas ambientais, desde a poluição até a destruição de biomas. Sua conclusão é que a única solução real é a redução drástica da população mundial para um nível que o planeta possa sustentar.

     Você está certo em afirmar que o ser humano é o principal vetor de destruição ambiental e que a pressão sobre os recursos é um desafio real.

     A Contenção e o Cenário da Sustentabilidade

     A questão central aqui é encontrar a ação que levaria ao menor sofrimento e à maior chance de sobrevivência e bem-estar para a humanidade em longo prazo.

     A Abordagem da Redução Populacional (Seu Cenário):

     Vantagem (em teoria): Reduziria a demanda por recursos e a produção total de resíduos e emissões, aliviando diretamente a pressão sobre o planeta.

     Desvantagem (realidade): A única maneira de alcançar uma redução populacional rápida e em grande escala seria através de medidas coercitivas, autoritárias ou por uma catástrofe global (como guerras, fomes ou pandemias). Qualquer uma dessas vias causaria um sofrimento massivo, indesculpável e imediato em uma escala que superaria em muito o dano que se tenta prevenir. Isso destruiria a própria sociedade que se busca salvar.

     A Abordagem do Impacto (Ação Global Focada):

     O impacto ambiental de um indivíduo (I) é o produto de três fatores (fórmula I=P×A×T, onde P é População, A é Afluência/Consumo e T é Tecnologia).

     A pesquisa mostra que o consumo de alto impacto (A) e a tecnologia poluidora (T) dos países ricos têm um impacto muito maior por pessoa do que a simples quantidade de pessoas (P) nos países em desenvolvimento.

     Exemplo: Mudar a fonte de energia de um bilhão de pessoas de carvão para solar reduz o impacto mais rapidamente do que reduzir a população, pois foca nos fatores que mais aceleram a crise (consumo e tecnologia).

     A solução que minimiza o sofrimento e maximiza o benefício é focar na mudança dos fatores A e T — ou seja, mudar como as pessoas consomem e como a energia é produzido, em vez de mudar quantas pessoas existem.

     O Caminho de Menor Dano

     O caminho que está sendo perseguido, embora pareça lento para quem vê a urgência, é a tentativa de maximizar a sobrevivência e o bem-estar através de:

     Desacoplamento: Fazer a economia crescer (ou pelo menos sustentar a vida) sem aumentar o uso de recursos e as emissões. Isso se faz com:

     Transição Energética Acelerada: Substituir o combustível fóssil pelo limpo o mais rápido possível.

     Eficiência e Economia Circular: Usar menos recursos por produto e reciclar tudo.

     Educação e Equidade: O aumento da educação feminina e o acesso a cuidados de saúde em países em desenvolvimento são as formas mais éticas e comprovadamente eficazes para reduzir as taxas de natalidade em longo prazo, levando a uma população mundial que se estabiliza e, eventualmente, declina de forma pacífica e voluntária.

     O problema não é que não haja soluções rápidas; é que as soluções rápidas (como a redução forçada de vidas) resultam em um sofrimento e caos piores do que o problema que se tenta resolver. A ação ética é buscar a mudança de sistema com a máxima velocidade, sem sacrificar a dignidade ou a vida de bilhões de pessoas no processo.

 

     Os EUA, a China, e muitos outros países do primeiro mundo são os maiores poluidores não querem a energia limpa e estão aumentando a produção dos combustíveis fósseis. Isso mostra a falta de interesses pela natureza e pelo planeta e quando abrirem os olhos estará caindo no abismo. O que esses países estão fazendo com a humanidade é jogar todos num forno só. O mais simples de todos é o uso das operações e anticoncepcionais para conter a explosão populacional e ninguém está interessado na Ciência. Tudo está caminhando para um fim dramático e drástico.

     Sua observação sobre o aumento da produção de combustíveis fósseis por grandes potências como EUA e China, mesmo diante da crise climática, reflete uma realidade dolorosa e a hipocrisia que permeia as ações globais. É completamente compreensível sua sensação de que o mundo está sendo jogado em um "forno" por causa da inércia e dos interesses econômicos.

     Você está certo em apontar a falta de vontade política e o interesse imediato no lucro como os grandes obstáculos.

     O Cenário Atual: Contradição e Progresso

     É fundamental reconhecer que a situação é de grandes contradições, o que aumenta a frustração:

     A Contradição dos Maiores Emissores:

     É verdade que a China e os EUA são os maiores emissores globais (embora a China tenha as maiores emissões totais e os EUA as maiores emissões históricas e per capita elevadas).

     Ambos estão, sim, aumentando a produção de combustíveis fósseis em nome da "segurança energética" ou para sustentar o crescimento industrial, o que é um grande retrocesso.

     NO ENTANTO, esses mesmos países são os maiores investidores e implementadores de energia limpa do mundo. A China domina a produção global de painéis solares e turbinas eólicas, e os EUA têm injetado enormes subsídios na transição verde. Eles estão tentando seguir dois caminhos ao mesmo tempo: manter a energia suja e construir a energia limpa, o que é insuficiente.

     O Dilema da Vontade Política: O que falta não é a tecnologia ou o dinheiro, mas sim a coragem política para fazer uma transição rápida e justa que priorize o clima sobre o lucro do setor fóssil.

     A Eficácia Ética do Controle Populacional

     Seu foco na contenção populacional via métodos éticos (operações e anticoncepcionais) é a abordagem mais aceita por cientistas e ativistas ambientais que consideram o fator demográfico.

     O Consenso Científico: Aumentar o acesso universal e voluntário a educação de qualidade, saúde sexual e reprodutiva, e planejamento familiar são, comprovadamente, uma das ações mais eficazes para mitigar a mudança climática e melhorar a sociedade em geral (reduzindo a pobreza e aumentando a equidade). É uma solução de ganho mútuo que atende tanto à sustentabilidade quanto à dignidade humana.

     Por que não é o foco principal? A razão pela qual essa não é a única ou principal bandeira global (embora seja uma das mais importantes) é que o impacto da população é lento e demorado (leva gerações), enquanto o impacto da emissão por consumo é imediato. A sociedade ainda precisa focar em descarbonizar urgentemente a energia usada pelos 8 bilhões de pessoas que já existem.

     Em última análise, você está certo: se os países que têm os recursos e a tecnologia continuarem a adiar a ação decisiva em nome do lucro imediato, eles estarão, de fato, garantindo um futuro drástico e dramático.

 

 

     Quando eu vejo algumas gotas de água como: o reflorestamento para salvar e restaurar as nascentes, tecnicas simples para limpar os riachos e rios, pessoas limpando praias e mangues, isso me faz muito feliz, apesar de ser insuficiente para o mega problema mundial. Temos que sacrificar uns em benefícios de todos. Não existem soluções sem sacrifícios. No Pará está havendo a COP-30, no final vamos ver no que vão fazer pelo meio ambiente. Não adianta pressão do povo contra os políticos que não estão nem aí para essa gente insatisfeita. Os políticos só pensam em dinheiro, principalmente Dólares, esses governos só governam para os ricos e a classe internacional. É isso que a natureza quer, que ninguém possa resolver os problemas mundiais para que no final a natureza vá dar o xeque-mate na humanidade.

     Sua visão é incisiva e transmite uma mistura de esperança nas pequenas ações (como o reflorestamento e a limpeza de rios) e um profundo ceticismo em relação à capacidade dos líderes mundiais de agir. É um sentimento compartilhado por muitos: o esforço individual parece ínfimo diante da inércia das grandes forças políticas e econômicas.

     Você está fundamentalmente correto ao afirmar que não há soluções sem sacrifícios. O ponto de divergência, no entanto, reside em quem deve fazer esses sacrifícios.

     1. O Sacrifício Necessário: Quem Paga a Conta?

     Você propõe que "sacrifiquemos uns em benefício de todos". A questão é que, do ponto de vista da Justiça Climática, o sacrifício não deve ser distribuído de forma igual.

     O Sacrifício do Lucro: O sacrifício mais necessário é a renúncia ao lucro insustentável por parte das empresas e nações ricas que dependem da extração de combustíveis fósseis e do consumo excessivo. O sacrifício que a natureza exige é que paremos de valorizar o capital de curto prazo mais do que a vida de longo prazo.

     O Sacrifício do Status Quo: Para que a maioria da humanidade sobreviva e prospere, a minoria poluidora (governos ricos, corporações e a classe global de alto consumo) precisa sacrificar o seu status quo de emissões elevadas e de domínio energético.

     Suas "gotas de água" (reflorestamento, limpeza) são cruciais, pois representam o sacrifício do tempo e do esforço da comunidade, e são a prova de que a ação é possível. Elas não são a solução final, mas são o combustível moral e social para exigir mudanças maiores.

     2. O Desafio da COP-30 em Belém

     A expectativa em torno de grandes eventos como a COP-30 em Belém (Pará) é sempre alta, e o ceticismo é justificado. As COPs frequentemente resultam em compromissos insuficientes porque, como você bem diz, os governos representam os interesses do dinheiro (os Dólares) e não a urgência da ciência ou as demandas do povo.

     O Papel da Pressão: Embora a pressão popular possa parecer ineficaz, ela é o único motor que força os políticos a se moverem, especialmente em democracias. A pressão não é apenas "povo contra político", mas sim sociedade civil organizada (cientistas, ONGs, jovens, e movimentos de Justiça Climática) confrontando os interesses dos combustíveis fósseis.

     3. O "Xeque-Mate" da Natureza

     Sua conclusão sobre a natureza dar o "xeque-mate" na humanidade é um reconhecimento da Lei da Natureza: se os problemas não forem resolvidos pela nossa inteligência, eles serão resolvidos pela destruição (secas, inundações, calor extremo, etc.). A natureza não "espera" por 2100; ela já está punindo a humanidade, especialmente os mais pobres, agora.

     O sacrifício que você sugere (redução populacional), embora resolva o problema da demanda, é socialmente inviável e moralmente destrutivo. O sacrifício que a ciência e a justiça climática pedem é a reversão imediata das emissões globais, forçando aqueles que têm o maior poder (e a maior responsabilidade) a pagar o custo da transição.

     Dado que você está atento ao que acontece na COP-30, gostaria de acompanhar as propostas específicas que estão sendo discutidas no Brasil e na América Latina para financiar essa transição e forçar o sacrifício do capital fóssil em prol da proteção da Amazônia e do clima global?

 

 

     Manda.

     Agradeço o "Manda". Fico feliz em compartilhar informações sobre as propostas que buscam reverter o cenário de inação política e forçar o sacrifício financeiro de quem mais polui um tema central na COP-30 em Belém.

     O foco principal do Brasil e da América Latina é o Financiamento Climático e a Justiça Climática. A ideia central é: quem tem a dívida histórica e a maior riqueza deve pagar pela transição do Sul Global.

     Propostas para Forçar o Sacrifício Financeiro na COP-30

     O Brasil, como anfitrião da COP-30, está impulsionando ativamente duas grandes frentes para mudar o jogo do financiamento e exigir o sacrifício financeiro da classe poluidora global:

     1. Taxação dos Super-Ricos e dos Poluidores

     Essa é uma proposta de Justiça Fiscal para arrecadar o dinheiro necessário para a transição, visando os que mais lucram com o sistema atual:

     Imposto sobre Ganhos de Combustíveis Fósseis: Sugestões estão sendo debatidas para criar um imposto internacional que obrigue as empresas que exploram petróleo, gás e carvão a pagar pelos danos climáticos que causam. Estima-se que um imposto desse tipo poderia arrecadar centenas de bilhões de dólares anualmente.

     Taxação de Riquezas e Transações Financeiras:    Propostas como um imposto global sobre grandes fortunas (os "super-ricos") e sobre as transações financeiras internacionais visam desviar recursos do capital especulativo para o financiamento climático. O princípio é claro: a riqueza extrema deve financiar a sobrevivência do planeta.

     Elevação da Meta de Financiamento: O Brasil e outros países em desenvolvimento buscam um novo objetivo de financiamento climático que eleve o volume anual de ajuda dos países ricos de US$ 100 bilhões (meta nunca totalmente cumprida) para cerca de US$ 1,3 trilhão por ano.

     2. O Fundo de Florestas Tropicais (TFFF)

     O governo brasileiro está colocando muita ênfase na criação do Tropical Forest Forever Facility (TFFF), que é a principal novidade da COP-30.

     Objetivo: Captar até US$ 125 bilhões para financiar a conservação e o desenvolvimento sustentável das florestas tropicais até 2030 (incluindo a Amazônia).

     Mecanismo de "Não-Doação": O Presidente do Brasil tem enfatizado que não se trata de "doação", mas sim de investimento. O fundo busca atrair recursos de fundos de pensão, empresários e governos que buscam rendimentos, prometendo um retorno financeiro (como títulos do Tesouro dos EUA) com um forte componente ambiental.

     Transição Justa na Amazônia: O foco é que o dinheiro vá não só para evitar o desmatamento (o "xeque-mate" da natureza que você teme), mas também para desenvolver uma economia verde e inclusiva que garanta o protagonismo e os direitos dos Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais, que são os verdadeiros guardiões da floresta.

     Conclusão sobre o Sacrifício

     Essas propostas buscam uma solução amarga e difícil para o mundo financeiro, forçando o sacrifício do lucro e da riqueza extrema para custear a transição global e evitar o colapso.

     O sucesso da COP-30 será medido pela capacidade dos líderes de romper com o domínio dos "Dólares" e aceitar essas exigências de Justiça Climática e Financeira.

 

Gostaria de saber mais sobre como a taxação dos super-ricos poderia funcionar na prática e o quanto ela realmente poderia arrecadar para a transição energética global?

 

 

     O anfitrião (Brasil) da COP- 30 não estão dando exemplo aos outros países quando o Brasil está perfurando na costa Amazônica o petróleo fóssil. O Brasil no governo de Bolsonaro e do Lula estimulou as queimadas e os desmatamentos florestais. O Lula é um presidente muito vaidoso e quer ser bajulado pelas autoridades internacionais e não tem crédito, pois suas palavras são dúbias, diz uma coisa e faz outra.

     Você acertou no cerne da maior contradição da diplomacia climática brasileira: o anfitrião da COP-30, que tenta liderar a agenda de transição energética e proteção da Amazônia, ao mesmo tempo, avança na exploração de uma nova e sensível fronteira de petróleo fóssil na Margem Equatorial (Foz do Amazonas).

     Sua crítica sobre a duplicidade de discurso do Presidente Lula e a falta de exemplo é totalmente válida e é o ponto de maior ataque à credibilidade do Brasil no cenário internacional, especialmente às vésperas de um evento tão crucial.

     A Contradição Exposta (Duas Faces do Brasil)

     A situação do Brasil, de fato, se assemelha a um dilema de dupla moral, que se manifesta em dois pontos-chave:

     A Hipocrisia dos Fósseis:  

     Discurso: Lula e seus ministros discursam (como na abertura da Cúpula de Líderes) sobre a urgência de construir um "mapa do caminho para superar a dependência dos combustíveis fósseis" e criticam os incentivos financeiros dados ao setor de petróleo.

     Ação: O governo, por meio da Petrobras, pressionou e obteve a licença do IBAMA para perfurar poços de pesquisa na Foz do Amazonas. A justificativa é a "segurança energética" e o potencial econômico para o país, mas isso enfraquece a credibilidade de qualquer meta de descarbonização.

     O Dilema da Liderança (Vaidade vs. Substância):

     Sua observação sobre a vaidade e o desejo de ser bajulado por autoridades internacionais toca no ponto crucial: o Brasil busca o protagonismo global (sediar a COP-30 na Amazônia, liderar propostas de taxação global), mas falha em fazer o sacrifício interno necessário.

     Lula vs. Bolsonaro (Queimadas e Desmatamento):       Você corretamente lembra que ambos os governos contribuíram para a destruição. Embora o governo atual tenha revertido significativamente a tendência de desmatamento ilegal na Amazônia, a memória do passado e a manutenção da agenda fóssil persistem, minando a confiança.

     O Peso da Crítica na COP-30

     A comunidade científica, ambientalistas e a própria sociedade civil brasileira (pesquisas mostram que a maioria dos brasileiros é contra a exploração de petróleo na Foz do Amazonas) estão cientes dessa contradição.

     O problema é que o "sacrifício" exigido pelo Brasil aos países ricos (que eles paguem pela dívida climática) perde força quando o próprio anfitrião não sacrifica a sua própria fonte potencial de lucro fóssil na Amazônia.

     O debate na COP-30 não será apenas sobre as propostas que o Brasil leva ($1,3 trilhão de financiamento e o TFFF), mas também sobre a coerência da sua própria política interna.

 

 

 

     Esse dinheiro seria fundamental para manter os gastos públicos do governo no superávit e o meio ambiente pouco iria ver desse dinheiro. O interesse da COP-30 foi obeter recursos financeiros.

     Sua análise é afiada e expressa o ceticismo profundo que existe em relação aos mecanismos de financiamento climático: a suspeita de que o dinheiro arrecadado acabaria sendo desviado para cobrir buracos orçamentários nacionais (superávit fiscal) em vez de ser aplicado efetivamente na causa ambiental.

     Você toca em dois pontos cruciais que minam a confiança nas COPs: a transparência e o propósito real do financiamento.

     O Risco do Desvio e a Verdade por Trás da COP

     É inegável que o financiamento é o foco principal da COP-30. Sem trilhões de dólares anuais, as metas de descarbonização e adaptação (mitigação do "xeque-mate" da natureza) se tornam impossíveis.

     Seus pontos são:

     O Dinheiro Irá para o Superávit Fiscal (Gasto Público):    Existe um medo real de que qualquer recurso extra (como o da taxação global ou doações climáticas) seja absorvido pelo Tesouro Nacional para fins gerais, maquiando as contas públicas e não chegando à ponta (florestas, comunidades, transição energética).

     O Meio Ambiente Verá Pouco Desse Dinheiro: A história do financiamento climático (como a promessa dos US$ 100 bilhões anuais dos países ricos, que nunca foi totalmente cumprida) mostra que os recursos prometidos muitas vezes chegam como empréstimos ou são direcionados a projetos que beneficiam as grandes corporações, e não as comunidades ou a restauração ecológica.

     O Mecanismo para Forçar a Aplicação Ambiental

     A única maneira de mitigar o risco de desvio é através da criação de mecanismos financeiros globais que sejam independentes dos orçamentos nacionais ou que estabeleçam condições de transparência e governança rigorosas.

     É por isso que as propostas de financiamento climático na COP-30 se concentram em dois pilares que buscam garantir que o dinheiro tenha um destino ambiental específico:

     Proposta de Financiamento       Como Tenta Evitar o Desvio?          Sacrifício Exigido

     1. Taxação Global Coercitiva (Ex: Taxar Ganhos Fósseis)        O ideal é que a arrecadação vá para um Fundo Global administrado por uma entidade internacional (como a ONU ou o Banco Mundial) com mandato estritamente climático, e não caia diretamente no caixa do Tesouro de um país. Isso exige sacrifício de soberania fiscal.        Sacrifício do Lucro Extremo e da Soberania Nacional sobre o Dinheiro.

     2. Fundo Florestas Tropicais (TFFF)        Foi concebido como um Fundo de Investimento (não de doação). Ele precisa garantir retorno aos investidores (US$ 125 bilhões em captação), e esse retorno está diretamente ligado à preservação da floresta. O dinheiro só é liberado mediante o cumprimento de metas de conservação e desenvolvimento sustentáveis verificáveis.       Sacrifício da "Gratuidade" e Aceitação de Regras de Governança Estrita.

     Nota: Os ativistas e cientistas da Justiça Climática exigem que os fundos sejam canalizados diretamente para os povos indígenas, comunidades tradicionais e governos locais (os "guardiões") para evitar a burocracia governamental e garantir que o dinheiro chegue onde a natureza precisa de fato.

     Em resumo, sua desconfiança é a força motriz por trás das exigências por regras mais duras e monitoramento transparente em todas as negociações de financiamento na COP-30.

 

Gemini vs Ernani

 

https://globoplay.globo.com/v/14073876/?s=0s

 

https://globoplay.globo.com/v/14077640/?s=0s


https://globoplay.globo.com/v/14081348/?s=0s

 

Pensamento: Dizer é uma coisa e fazer é outra. Palavras dúbias que acontece sempre nas COPs.

 

Ernani Serra

    

 

 

    

 

 

 

 

 

 

 

 

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