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quarta-feira, 21 de maio de 2025
Vício em pornografia
Ferramentas
A sigla XXX está associada à conteúdo pornográfico.
Vício em pornografia tem sido descrito como um vício comportamental,
caracterizado por compulsão, uso repetido de material pornográfico até causar
consequências negativas físicas, mentais, sociais, e/ou para o bem-estar
financeiro do usuário. Porém, a existência do vício em pornografia tem sido
acaloradamente contestada por cientistas e profissionais da saúde. Atualmente,
não há diagnóstico de vício em pornografia no Manual Diagnóstico e Estatístico
de Transtornos Mentais (DSM). O vício em
pornografia na internet também é uma forma de vício em sexo virtual.
A visualização de pornografia problemática na Internet é associada a
casos de pessoas que, devido a razões pessoais ou sociais, passam um tempo
excessivo vendo pornografia na internet ao invés de estar interagindo com
outras pessoas. Indivíduos podem relatar depressão, isolação social, perda de
emprego, queda de produtividade, ou más consequências financeiras como um
resultado da diminuição de sua vida social causada pela pornografia na internet.
Prevalência
A maioria dos estudos de prevalência de vício em pornografia na internet
usam amostras convenientes de pessoas. As estimativas com amostras de
representação nacional colocam 5% da população com tendo esse problema. Um dos
estudos com amostras de pessoas sugerem que 17% das pessoas que veem
pornografia na internet têm traços de compulsão sexual. Numa pesquisa, de
20-60% de uma amostra de estudantes universitários tem achado que a pornografia
pode causar consequências negativas para um usuário. Estudos mostram que de 1.5
à 8.2% dos americanos e europeus têm algum distúrbio com o uso da internet. Usuários
de pornografia na internet são incluídos em usuários de internet, e a pornografia
na internet tem sido citada como a atividade da internet que gera mais
compulsão e distúrbios mentais.
Classificação como um vício
Mais informações: Vício comportamental
A classificação de estímulos sexuais visuais como um vício é fortemente
contestada. O atual dicionário de saúde mental (DSM-5)
inclui uma nova seção para vícios comportamentais, mas coloca apenas um
distúrbio: vício em jogos de azar. Outros vícios comportamentais foram
incluídos em "condições para mais estudos".
Vício em pornografia não é diagnosticado atualmente e foi especificamente
rejeitado pela mais recente revisão do DSM. Psiquiatras citam a falta de pesquisas de
suporte como razão para, nos dias atuais, refutarem a ideia.
Em 2011, a Sociedade Americana de Medicina de Vícios (American Society of Addiction Medicine - ASAM)
publicou uma definição de vício que, pela primeira vez, o estabeleceu como
busca patológica por qualquer tipo de recompensa externa, e não apenas como
dependência de substâncias. Esta definição é muito controversa, visto que
abrange grande quantidade de tipos de vício. Vício em pornografia não é
explicitamente incluído. Em vez disso, a ASAM usa a frase "vício sexual comportamental".
A categorização de vício em pornografia como um distúrbio viciante, mais
do que uma simples compulsão, ainda é bastante contestada, principalmente por
neurocientistas.
Contudo, Dr. Richard Krueger, membro do grupo de trabalho do DSM-5 (Distúrbios Sexuais e de Identidade de Gênero) um
professor clínico e associado de psiquiatria na Universidade de Colúmbia de
Médicos e Cirurgiões, alegou estar com dúvida se o vício em pornografia era
mesmo real e se merecia atenção o suficiente para ser reconhecido como uma
doença mental pelo DSM. Krueger relatou também que "A maioria das pessoas devem fazer isso e provavelmente não se
torna um problema" e reconheceu que ainda não há evidências
acadêmicas para considerá-lo um distúrbio mental.
Sintomas e diagnósticos
Critérios de diagnósticos aceitos para o vício em pornografia ou para a
visualização problemátical ainda não existem. O único critério de diagnóstico
no atual Manual Diagnóstico e Estatístico para Transtornos Mentais é para
jogadores compulsivos e os diagnósticos são muito similares com aqueles para
abuso e dependência de substâncias, tal como preocupações com o
uso/comportamento, pouca capacidade para controlar o uso/comportamento,
desenvolvimento de tolerância, crises de abstinência, e consequências sociais
negativas. Este critério de diagnóstico também tem sido proposto para outros
vícios comportamentais, e esses são usualmente baseados nos diagnósticos
estabelecidos para usuários e dependentes de substâncias.
Um diagnóstico proposto para distúrbios sexuais incluem como um subtipo,
a pornografia. Ele inclui critérios como o tempo gasto com atividades sexuais
que faz evitar as obrigações, repetição constante da atividade sexual quando se
tem estresse, repetitivas tentativas de reduzir ou parar com esse
comportamento, e aflição ou prejuízos na vida do indivíduo. Um estudo sobre a
visualização problemática de pornografia na internet usou como critério de
diagnóstico ver pornografia mais de três vezes por semana durante algumas
semanas, e a visualização causando dificuldades na vida. Algumas pessoas têm
apontado que o uso de pornografia pode levar à disfunção erétil, mas isso ainda
não foi demonstrado por pesquisas.
Efeito na Religião
Um estudo de 2014 identificou uma conexão entre assuntos de crenças
religiosas e as suas percepções sobre o vício em pornografia. O chefe e autor
do estudo é doutor em psicologia e estudante Joshua Grubbs, da Case Western
Reserve University; o estudo é intitulado: Transgression as Addiction:
Religiosity and Moral Disapproval as Predictors of Perceived Addiction to
Pornography (Transgressão como vício: Desaprovação Religiosa e Moral como
Preditores do Reconhecido Vício em Pornografia) e foi publicado no jornal
Arquives of Sexual Behavior (Arquivos do Comportamento Sexual). Um dos achados
do estudo é que os resultados fortemente indicam uma predileção nas pessoas
religiosas para acreditarem que eles estão viciados em pornografia,
independentemente do quanto eles assistem ou se isto impacta negativamente suas
vidas.
Efeitos da pornografia
Homens que passam muito tempo vendo pornografia na internet parecem ter
menos matéria cinzenta em certas partes do cérebro e sofrem redução de sua
atividade cerebral, revelou um estudo alemão publicado nos Estados Unidos.
Estes efeitos poderiam incluir mudanças na plasticidade neuronal resultante de
intensa estimulação no centro do prazer. Para realizar a pesquisa, os autores
recrutaram 64 homens saudáveis com idades de 21 a 45 anos, aos quais pediram
para responder a um questionário sobre o tempo que dedicavam a assistir a
vídeos pornográficos. O resultado foi, em média, de quatro horas semanais. Os
voluntários também foram submetidos a tomografias computadorizadas (MRI) do cérebro para medir seu volume e observar como
ele reagia às imagens pornográficas. Na maioria dos casos, quanto mais
pornografia os indivíduos viam, mais diminuía o corpo estriado do cérebro, uma
pequena estrutura nervosa bem abaixo do córtex cerebral. Os cientistas também
observaram que, quanto maior o consumo de imagens pornográficas, mais se
deterioravam as conexões entre o corpo estriado e o córtex pré-frontal, que é a
camada externa do cérebro encarregada do comportamento e da tomada de decisões.
Os autores do estudo, no entanto, não puderam provar que estes fenômenos sejam
causados diretamente pelo consumo de pornografia e, por isso, afirmam que é
necessário continuar com as pesquisas.
Tratamento
Terapia cognitivo-comportamental tem sido sugerida como um tratamento
possivelmente efetivo, baseado no seu sucesso com os viciados em internet,
embora nenhum ensaio em clínica tem sido realizado para o acesso eficaz de
viciados em pornografia até 2012. Terapia de aceitação e compromisso tem sido
apontada como um possível tratamento efetivo para a visualização problemática
de pornografia na internet.
Participação em terapias em grupos baseadas em 12 passos podem ser
eficientes para o tratamento dessa adicção, como Compulsivos Sexuais Anônimos.
Pornografia online
Mais informações: Dependência da internet.
Algumas clínicas e organizações de suporte recomendam o uso voluntário
de filtros de conteúdo, monitoração da internet, ou tanto, a regulação do uso
de pornografia online na internet. O pesquisador sexual Alvin Cooper sugere que
há muitas razões para a utilização de filtros como uma medida terapêutica,
restringindo o acesso fácil para comportamentos indesejados, encorajando
clientes para melhorar o sucesso do tratamento e as estratégias de prevenção de
recaídas. A terapeuta cognitiva Mary Anne Layden sugere que filtros podem ser
vantajosos para manter o controle com o computador. O pesquisador em
dependência de internet David Delmonico disse que, apesar de suas limitações,
os filtros de conteúdo servem como uma "linha de
frente para a proteção".
O DSM-5 explicitamente rejeitou a qualificação de consumo de pornografia
online como um vício.
Wikipédia
https://averdadenainternet.blogspot.com/search?q=Pedofilia
https://globoplay.globo.com/v/13615660/?s=0s
Pensamento: Quem faz sexo com animais,
animal é; quem faz sexo com robôs, robô é. O homem está se nivelando aos
animais e máquinas.
Ernani Serra