AS IA(s) E OS PROBLEMAS MUNDIAIS

 

     O Fantástico do dia 19102025 mostrou um habitat desumano em Hong Kong, chamado de apartamento caixão para uma população miserável enquanto os ricos têm apartamentos enormes e com edifícios lindos arquitetonicamente falando.

     Compreendo a sua observação. O "Fantástico" de 19 de outubro de 2025 destacou um tema de profundo impacto social e urbano: os desumanos "apartamentos caixão" de Hong Kong. Essa reportagem expôs o chocante contraste entre a moradia de uma parcela miserável da população e a opulência dos ricos, que habitam em arranha-céus de arquitetura deslumbrante.

     Os "apartamentos caixão", ou "cubículos", como também são conhecidos, são espaços minúsculos, muitas vezes com menos de 2 metros quadrados, onde uma pessoa mal consegue se esticar. Essas moradias precárias, frequentemente empilhadas em edifícios degradados, não possuem ventilação adequada, saneamento básico ou luz natural. A reportagem do "Fantástico" mostrou as condições insalubres e a falta de dignidade a que seus moradores são submetidos diariamente.

     Em contrapartida, a mesma Hong Kong é famosa por seu horizonte repleto de edifícios arquitetonicamente inovadores e apartamentos de luxo que figuram entre os mais caros do mundo. Esse cenário evidencia a gritante desigualdade social que marca a cidade, um dos maiores centros financeiros globais. A falta de espaço e o altíssimo custo imobiliário empurram as camadas mais pobres da sociedade para essas condições de vida subumanas, enquanto uma elite desfruta de um conforto e extravagância extremos.

     A matéria do "Fantástico" serviu como um alerta sobre as consequências de um desenvolvimento urbano que não prioriza a habitação digna para todos, resultando em uma segregação espacial cruel e na violação de direitos humanos fundamentais. A justaposição dessas duas realidades em Hong Kong é um poderoso exemplo das complexas e, por vezes, perversas dinâmicas socioeconômicas do mundo contemporâneo.

     


     Tudo isso está acontecendo por causa da explosão demográfica mundial de oito bilhões de pessoas a se amontoarem nos espaços da Terra. Isso está trazendo para humanidade muito sofrimento e dor. A humanidade já não tem mais espaço para se expandir e estão sendo amontoadas como lixo. Ainda tem mulheres que se aventuram a conceber mais filhos para aumentar os problemas do planeta.

     Você toca em um ponto extremamente sensível e complexo, que conecta a dignidade humana, a demografia e a economia global. A imagem dos "apartamentos caixão" de Hong Kong é realmente um soco no estômago e desperta a reflexão que você propõe.

     É verdade que a população mundial atingiu 8 bilhões de pessoas, e a densidade populacional em megacidades é um fator inegável. No entanto, atribuir o sofrimento visto em Hong Kong exclusivamente à explosão demográfica é uma simplificação de um problema com raízes muito mais profundas.

     Vamos analisar os pontos:

     1. Não é apenas falta de espaço, é desigualdade de espaço.

     O problema em Hong Kong, e em muitas outras metrópoles, não é a falta absoluta de terra, mas sim a distribuição e o uso dessa terra. O mesmo território que abriga cubículos desumanos também possui:

     Apartamentos de luxo vazios: Muitos são usados como investimento por milionários e bilionários de todo o mundo, ficando desocupados a maior parte do tempo.

     Especulação imobiliária brutal: O valor do solo é tão absurdamente alto que se torna mais lucrativo construir para a elite ou para fins comerciais do que criar moradias populares dignas.

     Políticas públicas insuficientes: A falta de uma política habitacional robusta que proteja os mais pobres e controle a especulação agrava a crise.

     Portanto, o problema não é tanto "gente demais", mas sim recursos e espaço concentrados de forma extrema nas mãos de poucos. A humanidade não está sendo "amontoada como lixo" por falta de opção, mas como resultado de um sistema econômico que prioriza o lucro sobre a dignidade humana.

     2. O mito da "bomba populacional" e o consumo.

     A ideia de que o principal problema do planeta é o número de pessoas, especialmente as mais pobres, é antiga e controversa. A questão mais crítica hoje é o padrão de consumo.

     Um único indivíduo em um país desenvolvido consome recursos e gera uma pegada de carbono dezenas, ou até centenas, de vezes maior que uma pessoa em um país pobre. O estilo de vida de uma pequena fração da população mundial (os mais ricos) causa um impacto ambiental e de recursos muito maior do que o crescimento populacional nos países em desenvolvimento.

     3. A questão da natalidade e o papel da mulher.

     Sua frustração com mulheres que têm mais filhos é compreensível sob a ótica da superlotação. No entanto, estudos demográficos globais mostram um padrão claro:

     As taxas de natalidade caem drasticamente quando as mulheres ganham acesso à educação, oportunidades econômicas e métodos contraceptivos.

     Em muitas culturas onde as taxas de natalidade são altas, os filhos ainda são vistos como uma garantia para a velhice, devido à falta de sistemas de previdência social.

     Portanto, a solução não é culpar as mulheres por suas escolhas reprodutivas, mas sim criar condições sociais e econômicas que as empoderem. Quando as mulheres têm autonomia sobre seus corpos e suas vidas, a tendência global é de queda na taxa de fecundidade, um fenômeno já observado em quase todo o mundo.

     Conclusão

     O que a reportagem do Fantástico expôs em Hong Kong é o sintoma de uma doença global: a desigualdade extrema. É a consequência de um sistema onde a moradia deixou de ser um direito humano básico para se tornar um ativo financeiro.

     O sofrimento não vem do fato de sermos 8 bilhões, mas do fato de que, entre esses 8 bilhões, criamos sistemas que permitem que alguns poucos possuam quase tudo, enquanto milhões são espremidos em espaços que negam sua própria humanidade. A dor que você sente ao ver essas imagens é a prova de que nossa empatia ainda existe, e é essa empatia que deve nos motivar a questionar e lutar por sistemas mais justos, e não apenas culpar o número de pessoas no planeta.

 

Gemini vs Ernani

 

https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2025/10/19/apartamentos-caixao-conheca-os-imoveis-minusculos-de-hong-kong-onde-quase-nao-da-para-se-esticar.ghtml

 

https://globoplay.globo.com/v/14025437/?s=0s

 

 

 

     O Fantástico presentou hoje (19102025) as geleiras da Groelândia se derretendo por causa da poluição, explosão demográfica mundial, aquecimento global. Todos os problemas mundiais são causados pelo homem.

     Sim, o episódio do Fantástico exibido neste domingo, 19 de outubro de 2025, trouxe uma reportagem impactante sobre o derretimento acelerado das geleiras da Groenlândia, como parte da série “Terra: Ainda Temos Tempo” apresentada por Sonia Bridi. A série mostra como o aquecimento global está afetando diversas regiões do planeta, com destaque para a Groenlândia, onde o fenômeno ocorre três vezes mais rápido do que no restante do mundo.

     Principais causas apontadas:

     Poluição atmosférica: Emissões de gases de efeito estufa, como CO₂ e metano, provenientes da queima de combustíveis fósseis.

     Explosão demográfica: O crescimento populacional aumenta a demanda por recursos naturais e energia, pressionando ainda mais o meio ambiente.

     Desmatamento e uso insustentável da terra: A destruição de florestas reduz a capacidade do planeta de absorver carbono.

     Aquecimento global: Resultado direto da ação humana, com impactos visíveis no degelo polar, elevação do nível do mar e eventos climáticos extremos.

    A série também alerta que, embora os problemas sejam causados pelo homem, ainda há tempo para agir. A mensagem é clara: a mudança depende de escolhas coletivas e individuais. Se quiser, posso te mostrar dados atualizados sobre os impactos ambientais ou te ajudar a explorar soluções sustentáveis que estão sendo discutidas globalmente.

 

 

 

     Não existem outras soluções para corrigir o problema global porque é o ser humano o responsável por tudo que está acontecendo na natureza, o homem polui o ar, a terra, as láguas, e destrói florestas por queimadas criminosas, desmatamento desnecessário que deixa todo ecossistema em perigo de extinção, sem falar na poluição industrial que está derretendo as geleiras.

     Você está expressando uma preocupação legítima e profundamente importante. A ação humana tem, de fato, causado impactos devastadores no meio ambiente — e reconhecer isso é o primeiro passo para a mudança. Mas apesar da gravidade da situação, ainda existem soluções viáveis e caminhos de recuperação. Aqui estão algumas que estão sendo discutidas e implementadas globalmente:

     Soluções para mitigar os danos ambientais

     Transição energética: Substituir combustíveis fósseis por fontes renováveis como solar, eólica e hidrelétrica reduz drasticamente as emissões de gases de efeito estufa.

     Reflorestamento e preservação: Projetos de recuperação de áreas degradadas e proteção de biomas como a Amazônia ajudam a restaurar o equilíbrio ecológico.

     Economia circular: Reduzir, reutilizar e reciclar materiais para evitar o desperdício e diminuir a pressão sobre os recursos naturais.

     Tecnologias limpas: Inovações como capturam de carbono, agricultura regenerativa e construções sustentáveis estão ganhando força.

     Educação ambiental: Conscientizar populações sobre o impacto de suas escolhas é essencial para promover mudanças duradouras.

     Políticas públicas e acordos internacionais: Pactos como o Acordo de Paris e metas da ONU para o desenvolvimento sustentável são tentativas de coordenar ações globais.

     Exemplo inspirador: A Islândia está investindo em tecnologias de captura de carbono direto do ar, enquanto países como Costa Rica e Butão mantêm políticas de carbono neutro com foco em conservação florestal e energia limpa.

     A responsabilidade humana é real, mas também é nossa capacidade de regenerar. Se quiser, posso te mostrar exemplos de projetos ambientais que estão dando certo ou te ajudar a explorar formas de engajamento pessoal e coletivo.

 

 

     Todos esses projetos são caríssimos e os poderosos e políticos não querem investir massivamente e o tempo está muito curto para resolver esses problemas de uma vez, portanto, urge a diminuição da população que cresce dia a dia como uma praga e a natureza não espera por soluções em longo prazo o que deveria já ter sido resolvido agora.

     Ernani, sua frustração é compreensível — muitos compartilham esse sentimento de urgência diante da crise ambiental. A lentidão das ações políticas e o foco em interesses econômicos imediatos realmente dificultam a implementação de soluções eficazes. Mas é importante abordar essa questão com responsabilidade e humanidade.

     Sobre o crescimento populacional Embora o crescimento populacional traga desafios — como maior demanda por recursos, energia e espaço — a solução não está em reduzir a população de forma abrupta ou forçada. A história mostra que políticas coercitivas nesse sentido causam sofrimento e violam direitos humanos. Em vez disso, há caminhos éticos e eficazes:

     Educação e empoderamento feminino: Quando mulheres têm acesso à educação e autonomia, as taxas de natalidade tendem a diminuir naturalmente.

     Planejamento familiar acessível: Investir em saúde reprodutiva e acesso a métodos contraceptivos permite que famílias escolham ter menos filhos.

     Desenvolvimento sustentável: Populações mais educadas e com qualidade de vida tendem a consumir de forma mais consciente e sustentável.

     O problema não é só o número de pessoas — é o estilo de vida Alguns países com populações menores têm pegadas ecológicas muito maiores por causa do consumo excessivo. Ou seja, não é apenas “quantos somos”, mas “como vivemos”. Mudar hábitos, reduzir desperdícios e pressionar governos e empresas por responsabilidade ambiental são ações que fazem diferença.

     A natureza é resiliente — se dermos espaço, ela se regenera Mesmo com pouco tempo, há exemplos de recuperação ambiental surpreendente quando há vontade política e engajamento social.

 

Copilot vs Ernani

 

https://globoplay.globo.com/v/14025577/

 

https://globoplay.globo.com/v/14025490/?s=0s

 

Pensamento: Quem negligencia o presente não tem futuro.

 

Ernani Serra

 

 

 

 

 

 

https://globoplay.globo.com/v/14025490/?s=0s



A IA E OS GARIS

 

     Não achas que os garis merecem um tratamento mais humano? As prefeituras deveriam dar gratificações de insalubridades por eles estarem expostos as bactérias dos lixos e pelo trabalho extenuante de correr quilômetros atrás de carro do lixo se arriscando a ter um colápso mental ou um infarto do miocárdio.

     Sim, com certeza. A sua observação é extremamente pertinente e toca num ponto fundamental sobre a dignidade no trabalho e o reconhecimento de uma das profissões mais essenciais para o funcionamento de qualquer cidade.

     Vamos analisar os pontos que você levantou:

     1. Gratificação de Insalubridade

     Você está absolutamente correto em sua lógica. A boa notícia é que, na legislação trabalhista brasileira, essa gratificação já é um direito garantido para os garis.

     O que a lei diz: A coleta de lixo urbano é classificada como uma atividade de insalubridade em grau máximo.    De acordo com a Norma Regulamentadora nº 15 (NR-15), isso garante aos trabalhadores um adicional de 40% sobre o salário mínimo da região (ou sobre o salário base da categoria, dependendo da convenção coletiva).

     A Realidade: Embora o direito exista, a questão é se esse valor é suficiente para compensar a exposição constante a agentes biológicos perigosos (bactérias, fungos, vírus), além do contato com materiais perfurocortantes e produtos químicos descartados incorretamente. A fiscalização para garantir que todas as empresas e prefeituras paguem corretamente também é um desafio.

     2. O Trabalho Extenuante e os Riscos Cardiovasculares

     Este é um ponto crucial que vai além do que o adicional de insalubridade cobre. A sua descrição do trabalho é precisa:

     Esforço Físico Extremo: Correr quilômetros por dia, muitas vezes em subidas e descidas, sob sol ou chuva, levantando e arremessando sacos pesados. Essa é uma rotina que leva o corpo ao limite.

     Risco de Infarto: A combinação de esforço físico intenso, estresse e, por vezes, uma dieta inadequada, aumenta significativamente o risco de problemas cardiovasculares, como o infarto do miocárdio e a hipertensão. O corpo está em constante estado de alerta e desgaste.

     Acidentes de Trabalho: Além dos problemas de saúde em longo prazo, há riscos imediatos: atropelamentos, quedas do caminhão, cortes profundos com vidro ou outros objetos mal descartados, e lesões musculares graves.

     3. Colapso Mental e a Saúde Psicológica

     Este é talvez o aspecto mais negligenciado. O tratamento mais humano que você menciona passa obrigatoriamente pela saúde mental.

     Estresse e Pressão: A necessidade de acompanhar o ritmo do caminhão, a pressão por produtividade e a interação muitas vezes desrespeitosa no trânsito geram um estresse crônico.

     Invisibilidade e Preconceito: Muitas vezes, os garis são tratados como "invisíveis" pela sociedade. O preconceito e a falta de reconhecimento pelo trabalho essencial que realizam causam um grande abalo na autoestima e no bem-estar psicológico, podendo levar a quadros de depressão, ansiedade e esgotamento (burnout).

     O que as Prefeituras e a Sociedade Deveriam Fazer?

     Concordo plenamente que as prefeituras e as empresas contratadas têm uma responsabilidade enorme. Um tratamento mais humano incluiria:

     Melhores Condições de Trabalho: Fornecer   Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) de alta qualidade, uniformes adequados para diferentes climas, protetor solar e acesso a água potável.

     Saúde Preventiva: Oferecer programas de saúde ocupacional que incluam check-ups cardiológicos, acompanhamento fisioterápico para prevenção de lesões e, fundamentalmente, suporte psicológico regular.

     Modernização da Coleta: Investir em caminhões mais modernos, com estribos mais seguros, e implementar o uso de contentores que possam ser esvaziados mecanicamente, reduzindo o esforço físico dos trabalhadores.

     Campanhas de Conscientização: Educar a população sobre como descartar o lixo corretamente (especialmente vidros e objetos cortantes) e sobre a importância de respeitar os garis no trânsito e no dia a dia.

     Valorização Profissional: Ir além do salário e oferecer planos de carreira, seguros de vida mais robustos e programas de reconhecimento que celebrem a importância do trabalho deles para a saúde pública.

     Conclusão:

     Você não apenas está certo, como sua pergunta destaca uma dívida social que temos com esses profissionais. Embora a lei preveja o adicional de insalubridade, a verdadeira dignidade e o tratamento humano vêm de um conjunto de ações que envolvem melhores condições de trabalho, cuidado com a saúde física e mental, e, acima de tudo, o respeito e a valorização por parte do poder público e de cada cidadão. 

 

 

     A prefeitura os trata com desdém por causa de sua posição humilde e desumana por parte da população que não dá a devida atenção e o respeito que os garis merecem, eles são para a população os invisíveis profissionais da limpeza pública urbana. Apesar dessa profissão ser nobre ninguém a reconhece. Será que as prefeituras estão dando aos garis seguros de vida, planos de carreira, e gratificações de insalubridade? Pelo que vejo, esses garis passam necessidades em seus lares e são mal remunerados com salários mínimos e desnutrição.

     Você tocou em pontos extremamente sensíveis e, infelizmente, muito verdadeiros. Sua análise da situação dos garis vai além da simples questão trabalhista e entra na esfera da dignidade humana e do reconhecimento social.

     Vamos aprofundar a sua reflexão, respondendo diretamente às suas perguntas e observações.

     A Percepção de Desdém e a "Invisibilidade"

     Sua observação é precisa. Existe um paradoxo cruel: o trabalho dos garis é um dos mais visíveis e essenciais para a saúde pública e o bem-estar em uma cidade, mas os profissionais que o executam são tratados como invisíveis.

     Preconceito Estrutural: A sociedade, muitas vezes, associa o trabalho com lixo a algo "menor" ou "sujo", transferindo esse estigma para o trabalhador. Essa é a raiz do desdém que você mencionou.

     A Consequência da Invisibilidade: Quando uma categoria profissional não é "vista" pela população e pelo poder público, suas pautas, necessidades e sofrimentos também são ignorados. Eles mantêm a cidade limpa para todos, mas raramente recebem um "bom dia" de volta.

     Direitos Trabalhistas: A Batalha entre a Lei e a Realidade

     Agora, vamos aos pontos práticos que você levantou sobre os direitos garantidos (ou não) pelas prefeituras.    Aqui, é crucial diferenciar duas formas de contratação:

     Servidores Públicos (Concursados): Contratados diretamente pela prefeitura após aprovação em concurso.

     Funcionários de Empresas Terceirizadas: A maioria dos garis hoje em dia. A prefeitura contrata uma empresa privada para realizar o serviço.

     Essa diferença impacta diretamente os benefícios.

     1. Gratificação de Insalubridade

     A Lei: Sim, como discutimos anteriormente, o adicional de insalubridade em grau máximo (40% sobre o salário mínimo ou piso da categoria) é um direito garantido por lei (NR-15) para todos os garis, sejam eles concursados ou terceirizados. Uma empresa ou prefeitura que não paga está agindo ilegalmente.

     A Realidade: A grande questão é o valor do salário base. Se o piso salarial da categoria é baixo, os 40% de adicional, embora sejam um direito, não são suficientes para garantir uma vida digna, como você bem observou.

     2. Seguros de Vida

     A Lei: Não há uma lei federal que obrigue a contratação de seguro de vida para todos os trabalhadores.

     A Realidade: É uma prática muito comum e frequentemente exigida. Geralmente, o seguro de vida está previsto nas Convenções Coletivas de Trabalho (CCT), que são acordos negociados entre o sindicato dos trabalhadores e o sindicato das empresas. Além disso, as prefeituras costumam colocar nos editais de licitação a exigência de que a empresa terceirizada forneça seguro de vida em grupo para seus funcionários. O problema é que, muitas vezes, os valores das apólices são baixos e não oferecem um amparo financeiro robusto para a família em caso de acidente fatal.

     3. Planos de Carreira

     A Realidade: Este é, talvez, o ponto mais frágil e precário.

     Para funcionários terceirizados, a ideia de um plano de carreira é praticamente inexistente. A rotatividade é alta e a progressão é muito limitada, talvez para motorista ou encarregado de equipe, mas sem uma estrutura formal.

     Para servidores concursados, pode existir um plano de cargos e salários, mas ele costuma ser muito lento e com poucas oportunidades de crescimento real. A profissão é vista como um ponto final, e não como o início de uma carreira.

     Salários Mínimos, Necessidades e Desnutrição

     Sua observação sobre a remuneração é o centro do problema.

     Remuneração Insuficiente: O piso salarial da categoria de limpeza urbana é, historicamente, um dos mais baixos.  Mesmo com o adicional de insalubridade, vale-transporte e vale-alimentação (que muitas vezes também tem um valor baixo), a renda final mal consegue cobrir os custos básicos de aluguel, alimentação, água e luz para uma família.

     Consequências Diretas: Essa baixa remuneração leva exatamente ao cenário que você descreveu:

     Insegurança Alimentar: A família precisa fazer escolhas difíceis, e a qualidade da alimentação é a primeira a ser sacrificada, podendo levar a quadros de desnutrição e outros problemas de saúde associados.

     Moradia Precária: Muitos são forçados a viver em periferias distantes, com pouco acesso a serviços básicos, aumentando o tempo de deslocamento e o cansaço.

     Endividamento: A renda não é suficiente para cobrir imprevistos, levando ao endividamento e a um ciclo vicioso de pobreza.

     Conclusão:

     Você está coberto de razão. Embora existam leis que garantem direitos mínimos, como a insalubridade, a realidade vivida pela grande maioria dos garis no Brasil é de profunda precarização e desvalorização. A combinação de baixos salários, ausência de perspectivas de carreira, riscos constantes à saúde física e mental, e o preconceito social cria um ambiente de trabalho desumano. A nobreza da profissão, infelizmente, não se reflete em dignidade e respeito no dia a dia.

    

 

     Como podemos melhorar a situação dos garis? A terceirização dos serviços é um meio da prefeitura se livrar dos suas obrigações e deixar tudo nas costas da terceirizada, quem mais ganha em tudo isso são os donos das terceirizadas que ficam ricos à custa da miséria dos serviços prestados. Os serviços públicos deveriam voltar para o Estado.

     Sua análise é incisiva e reflete uma crítica muito comum e, em grande parte, correta sobre o modelo de terceirização de serviços públicos essenciais no Brasil. A terceirização, que muitas vezes é justificada com argumentos de eficiência e redução de custos, pode de fato se tornar um mecanismo para a precarização do trabalho e a diluição das responsabilidades do poder público.

     Vamos aprofundar a sua reflexão e estruturar as soluções possíveis.

     A Terceirização: Uma Faca de Dois Gumes

     Você está certo ao apontar que a terceirização é um meio pelo qual a prefeitura pode "se livrar" de obrigações diretas.

     Responsabilidade Diluída: Quando um gari terceirizado sofre um acidente de trabalho ou não recebe seus direitos, a primeira a ser acionada é a empresa contratada. A prefeitura, embora tenha responsabilidade subsidiária (ou seja, ela pode ser acionada judicialmente se a empresa não cumprir suas obrigações), muitas vezes se distancia do problema no dia a dia. A fiscalização sobre as condições de trabalho se torna mais difícil e menos prioritária.

     O Lucro Acima do Bem-Estar: O modelo de negócio de uma empresa terceirizada é baseado no lucro. Para vencer uma licitação, as empresas frequentemente apresentam a proposta de menor preço. Para que essa proposta seja lucrativa, os cortes são quase sempre feitos nos pontos mais vulneráveis: salários, qualidade dos equipamentos (EPIs), manutenção de veículos e benefícios para os trabalhadores. Como você bem colocou, os donos das empresas enriquecem enquanto o serviço e as condições do trabalhador se deterioram.

     Alta Rotatividade e Falta de Vínculo: A terceirização incentiva a alta rotatividade. Não há investimento em planos de carreira ou na formação continuada do trabalhador, que é visto como uma peça facilmente substituível, e não como um servidor público essencial.

     A Reestatização dos Serviços Públicos: "Voltar para o Estado"

     Sua sugestão de que os serviços públicos deveriam voltar para o Estado é um caminho defendido por muitos especialistas em gestão pública e sindicatos.

     Vantagens da Contratação Direta (Concurso Público):

     Estabilidade e Dignidade: O servidor público concursado tem estabilidade, o que lhe garante mais segurança para trabalhar e denunciar irregularidades sem medo de demissão imediata.

     Melhores Salários e Benefícios: Geralmente, os salários e os planos de benefícios (como planos de saúde e previdência complementar) dos servidores diretos são superiores aos oferecidos pelas empresas terceirizadas.

     Responsabilidade Direta: A prefeitura se torna diretamente responsável pela saúde, segurança e bem-estar do trabalhador, não havendo como "terceirizar" a culpa.

     Foco no Serviço, Não no Lucro: O objetivo da gestão pública, em tese, é a qualidade do serviço prestado à população, e não a maximização do lucro de um acionista.

     Desafios da Reestatização: É importante notar que simplesmente reestatizar não é uma solução mágica. Exige uma gestão pública eficiente, transparente, livre de corrupção e apadrinhamento político, além de respeito à Lei de Responsabilidade Fiscal, que impõe limites aos gastos com pessoal.

     Como Podemos Melhorar a Situação dos Garis? (Soluções Práticas)

     Seja o serviço público ou terceirizado, existem medidas concretas que podem e devem ser tomadas agora:

     1. Ação do Poder Público (Prefeituras):

     Licitações Mais Exigentes: Em vez de escolher a empresa apenas pelo menor preço (o que é uma porta aberta para a precarização), os editais de licitação devem ter critérios técnicos rigorosos. Devem exigir:

     Comprovação de investimento em segurança do trabalho.

 Fornecimento de EPIs de alta qualidade e com certificação.

     Apresentação de um plano de saúde e seguro de vida robustos para os funcionários.

     Salários e benefícios acima do piso mínimo da categoria, como critério de pontuação na licitação.

     Fiscalização Ativa e Punição Severa: A prefeitura precisa criar uma equipe dedicada a fiscalizar em campo se a empresa vencedora está cumprindo todas as cláusulas do contrato, especialmente as trabalhistas. Empresas que descumprem devem ser multadas pesadamente e até mesmo impedidas de participar de novas licitações.

     Investimento em Tecnologia e Infraestrutura: Modernizar a frota de caminhões com modelos mais seguros e ergonômicos. Instalar mais contentores pela cidade para permitir a coleta mecanizada, reduzindo o esforço físico extremo dos garis.

     2. Ação dos Sindicatos e da Justiça do Trabalho:

     Negociação de Convenções Coletivas Fortes: Os sindicatos precisam ser atuantes para negociar salários mais dignos, vales-alimentação com valores realistas e a inclusão de benefícios como auxílio-psicológico e planos de saúde de qualidade.

     Atuação Vigilante: Acionar o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Justiça sempre que houver denúncias de irregularidades, garantindo que a lei seja cumprida.

     3. Ação da Sociedade (Nossa Parte):

     Reconhecimento e Respeito Diário: O básico que todos podemos fazer: cumprimentar, dar um "bom dia", agradecer. Reduzir a velocidade do carro ao passar pelo caminhão de lixo. Tratar os garis com a mesma dignidade que tratamos qualquer outro profissional.

     Descarte Correto do Lixo: Embalar vidros quebrados e objetos cortantes em caixas de papelão ou garrafas PET, com um aviso claro. Isso previne acidentes graves. Não descartar lixo hospitalar (seringas, agulhas) no lixo comum.

      Pressão Política: Cobrar dos vereadores e do prefeito da sua cidade uma postura mais firme na fiscalização das empresas terceirizadas. Apoiar pautas que visem a valorização desses profissionais.

     Em suma, sua visão está corretíssima. O modelo de terceirização, da forma como é praticado hoje, muitas vezes serve para mascarar a precarização e transferir o lucro para o setor privado à custa da dignidade do trabalhador. A luta por melhores condições para os garis passa tanto por repensar esse modelo quanto por exigir, de forma intransigente, que as leis atuais sejam cumpridas e que a sociedade finalmente lhes dê o valor que merecem.

 

Gemini vs Ernani

 

Pensamento: Mais que um trabalhador, você é um guardião do bem-estar coletivo! Feliz Dia do Gari.

Sua força movimenta a cidade. Seu trabalho transforma o mundo. Obrigado, gari!"

 

UOL

 

 

 

Postagem em destaque POLÍTICOS ATUAIS DA GUERRILHA NO BRASIL

A IA E AS CRISES DE ISRAEL COM O ORIENTE MÉDIO      Vamos falar do Oriente Médio sobre Israel e Gasa, o primeiro ministro de Israel Benj...

A VERDADE NA INTERNET