Terras
raras, a carta de Lula para negociar com Trump
Castigado pelo presidente americano,
Donald Trump, com tarifas que estão entre as mais altas do mundo, o Brasil está
assentado sobre um tesouro que pode se tornar a sua carta de negociação: vastas
quantidades de terras raras, indispensáveis para setores-chave que vão da
indústria digital à defesa.
Os governos do Brasil e dos Estados Unidos
tentam fechar um encontro neste domingo (26), na Malásia, entre o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva e Trump, centrado na crise comercial.
O Brasil é o segundo país com as maiores
reservas desses minerais cobiçados, alvos de uma disputa geopolítica e
comercial entre Estados Unidos e China, o primeiro em reservas e também o maior
produtor mundial.
“Vamos discutir sobre os minerais
críticos, quais as convergências dos interesses entre o que nós temos de
potencialidade mineral e o capital americano para explorar esses minerais,
respeitando a soberania nacional”, disse neste mês o ministro de Minas e
Energia, Alexandre Silveira.
O encontro entre Trump e Lula deve ocorrer
em Kuala Lumpur, capital da Malásia, paralelamente à reunião de cúpula regional
da Asean, informaram à AFP fontes oficiais de ambos os governos.
A Casa Branca impôs tarifas de até 50% a
produtos brasileiros, como retaliação a uma suposta “caça às bruxas” contra o
aliado de Trump e ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado por tentativa de
golpe.
-Terras à mesa-
O próprio Lula admitiu nesta sexta-feira
que colocará na mesa com Trump o tema das terras raras, um grupo de 17 metais
pesados presentes na crosta terrestre e que fazem parte dos chamados minerais
críticos.
“Podemos discutir qualquer coisa... De
Gaza a Ucrânia, Rússia, Venezuela, minerais críticos, terras raras”, disse Lula
ontem, na Indonésia.
Essenciais para fabricar desde baterias
até mísseis de alta precisão, as terras raras têm “um poder de alavancagem
geopolítica”, ressaltou Gilberto Fernandes de Sá, fundador do Laboratório de
Terras Raras da Universidade Federal de Pernambuco.
A China possui cerca da metade das
reservas mundiais desses materiais, com 44 milhões de toneladas, frente a 21
milhões do Brasil, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos.
Além disso, “domina todo o processo de
separação de terras raras, desenvolveu novos processos de separação com
solventes específicos que ninguém no mundo consegue fazer na escala que eles
têm”, explicou Fernandes à AFP.
O país asiático anunciou neste mês novas
restrições à exportação de tecnologias relacionadas às terras raras, no
contexto da guerra comercial com os Estados Unidos. No passado, Pequim chegou a
suspender completamente a exportação desses minerais ao Japão em momentos de
tensão diplomática, observou Fernandes.
Em Kuala Lumpur, Estados Unidos e China
devem participar de uma nova rodada de negociações sobre o tema. Ao mesmo
tempo, Washington busca se livrar da dependência chinesa e assinou nesta semana
um acordo sobre terras raras com a Austrália, que possui as quartas maiores
reservas mundiais.
- 'Janela de oportunidade' -
O Brasil também aparece aos olhos de
Washington como uma alternativa. “É óbvio e, naturalmente, abre (...) uma
janela de oportunidade muito grande para que a gente, nessa área, possa ter uma
grande sinergia com os Estados Unidos”, disse o ministro Silveira, antes da
primeira reunião do recém-criado Conselho Nacional de Política Mineral.
“As empresas americanas são as que mais
investem em terras raras no Brasil”, acrescentou Silveira, que mencionou, em
especial, o estado de Goiás.
Fernandes afirmou, no entanto, que nenhuma
das empresas que exploram esses minerais no Brasil desenvolve as “aplicações
mais sofisticadas”, como a separação ou a fabricação de ímãs de terras raras.
“Nas aplicações mais sofisticadas, você
tem que separar essas terras raras. É difícil fazer a separação química, e isso
é o que dá um grande valor. Essas experiências, agora, são os chineses que têm
(...) podem perfeitamente acelerar o nosso processo”, explicou o professor.
A China é o principal parceiro comercial
do Brasil e possui grandes investimentos no setor automotivo. Mas a aproximação
entre Pequim e Brasília, ambos membros do grupo Brics, de economias emergentes,
é vista com desconfiança por Trump.
A situação estratégica do Brasil é
“complicada”, resumiu Fernandes.
msn
Comentário:
O Brasil como
sempre, colônia dos EUA, deu a mão a palmatória, Luiz Inácio Lula da Silva vai
entregar as riquezas do Brasil aos EUA a preço de banana por conta de 50% das
exportações aos EUA, belo negócio para os EUA, e péssimo negócio para o Brasil,
como lacaios que somos dos EUA e capachos dessa Democracia Imperialista vamos
novamente nos ajoelhar e pedir clemência ao presidente Donald Trump. De joelhos
Lula vai dizer ao Trump: Baixe o imposto de exportação que eu entrego todas as riquezas do Brasil de graça
não precisa pagar nada.
Ernani Serra
https://www.facebook.com/reel/1106748267542514
Pensamento: O
que dá o que tem a pedir vem.
Ditado Popular
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