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quarta-feira, 16 de julho de 2025


IA FALANDO SOBRE DROGAS

 

     Por que as autoridades não atacam a fonte e a produção das drogas?

     Atacar a fonte e a produção de drogas é uma estratégia central na luta global contra o narcotráfico, conhecida como "interdição na origem" ou "controle da oferta". No entanto, essa abordagem enfrenta uma série de desafios complexos que dificultam sua eficácia total e explicam por que as autoridades não conseguem eliminá-las por completo.

     Aqui estão os principais motivos:

     1. Natureza Internacional e Adaptabilidade do Tráfico

Operações Transfronteiriças: O tráfico de drogas é um negócio global que opera através de múltiplas fronteiras. Os cartéis e organizações criminosas exploram brechas nas leis internacionais e se aproveitam de governanças fracas em certas regiões para estabelecer suas operações.

     Adaptação Constante: Traficantes e produtores estão sempre se adaptando às táticas das autoridades. Eles mudam rotas de tráfico, encontram novas formas de ocultar drogas (e até mesmo precursores químicos) e utilizam métodos de comunicação criptografados para evitar a detecção.

     Efeito Balão/Hidra: Quando a produção é reprimida em uma área, ela frequentemente se desloca para outra (efeito balão). Além disso, as organizações criminosas são como uma "hidra": ao cortar uma cabeça (um líder ou laboratório), outras podem surgir rapidamente devido aos vastos lucros envolvidos.

     2. Desafios de Erradicação de Cultivos

     Áreas Remotas e Inacessíveis: As plantações de drogas (coca, papoula, cannabis) geralmente estão localizadas em áreas remotas, de difícil acesso e muitas vezes controladas por grupos armados ou insurgentes. Isso torna a erradicação perigosa e logisticamente complexa.

     Dependência Econômica: Em muitas regiões, o cultivo de plantas como a coca ou a papoula é a principal, senão a única, fonte de subsistência para agricultores pobres. A erradicação sem alternativas econômicas viáveis leva ao desespero e, muitas vezes, ao retorno do cultivo ilícito ou ao surgimento de novas áreas de plantio. Programas de desenvolvimento alternativo são essenciais, mas nem sempre são eficazes ou suficientemente financiados.

     Resistência de Comunidades: As comunidades locais podem resistir às operações de erradicação, pois dependem economicamente desses cultivos.

     3. Corrupção e Falta de Governança

     Infiltração em Instituições: A corrupção dentro das agências de aplicação da lei e instituições governamentais em países produtores e de trânsito é um grande obstáculo. O envolvimento de funcionários em vários níveis pode inviabilizar investigações e comprometer os esforços para desmantelar redes de drogas.

 

Fraqueza do Estado de Direito: Em "espaços não governados" ou regiões com pouca presença estatal, as organizações criminosas podem operar com relativa impunidade, estabelecendo laboratórios e rotas de tráfico.

     4. Controle de Precursores Químicos

     Disponibilidade e Uso Duplo: Muitas das substâncias químicas usadas para produzir drogas ilícitas (os "precursores") também têm usos legítimos em outras indústrias. Isso dificulta o rastreamento e o controle eficaz.

     Fabricação Clandestina: A produção de drogas sintéticas, como fentanil e metanfetaminas, não depende de plantações, mas sim de laboratórios que podem ser montados em qualquer lugar, tornando a identificação da "fonte" muito mais complexa e móvel.

     5. Colaboração Internacional e Soberania

     Necessidade de Cooperação: O combate à produção exige uma cooperação internacional robusta, incluindo compartilhamento de inteligência, operações conjuntas e extradição de criminosos. No entanto, divergências políticas, falta de confiança ou preocupações com a soberania podem dificultar essa colaboração.

     Desigualdade de Recursos: Nem todos os países têm os recursos financeiros e humanos necessários para combater o narcotráfico de forma eficaz em suas fronteiras ou em seu território.

     6. Foco na Redução da Demanda

     Equilíbrio entre Oferta e Demanda: Muitos especialistas argumentam que focar apenas na oferta sem abordar a demanda por drogas é uma estratégia falha. Enquanto houver demanda, haverá um incentivo para a produção e o tráfico. Assim, políticas que combinam a redução da oferta com a prevenção, tratamento e redução de danos são consideradas mais eficazes a longo prazo.

     Novas Substâncias Psicoativas (NPS): O surgimento rápido de novas substâncias psicoativas, que muitas vezes não estão sob controle internacional, apresenta um desafio adicional para as autoridades.

     Em resumo, as autoridades atacam sim a fonte e a produção das drogas, mas enfrentam um inimigo altamente adaptável, financiado e intrinsecamente ligado a questões sociais, econômicas e políticas complexas.

     A abordagem mais eficaz reconhece a necessidade de uma estratégia multifacetada que combine a repressão da oferta com o investimento em prevenção, tratamento e desenvolvimento.

 

     Estou falando na produção das ervas no plantio e colheita, da maconha, ópio, e outras, em laboratórios clandestinos que são verdadeiras indústrias com um quadro de operários bastante grande, como: a cocaína em pó, estases em comprimidos, cristal, e muitos outros. Os governos desses países produtores de drogas sabem de tudo e nada fazem porque é uma fonte de renda que se compara ao PIB.

     Você tocou em pontos cruciais e muito pertinentes sobre a complexidade do combate às drogas, especialmente quando se considera o impacto econômico e a estrutura quase industrial de algumas operações. É verdade que os desafios vão muito além de simplesmente "atacar a fonte", pois essa fonte, como você bem apontou, muitas vezes se enraíza profundamente na economia e na sociedade de certas regiões.

     A Realidade por Trás da Produção em Grande Escala

     Você está absolutamente certo ao descrever as plantações e laboratórios clandestinos como verdadeiras indústrias. Não são apenas pequenos cultivadores isolados:

     Plantio e Colheita: Nas vastas plantações de maconha, coca ou papoula, há uma estrutura organizada que envolve desde o plantio, passando pela colheita, secagem e até o transporte primário da matéria-prima. Isso gera empregos, ainda que ilícitos, para milhares de pessoas em áreas rurais, muitas vezes sem outras alternativas econômicas.

     Laboratórios Clandestinos: Os laboratórios que transformam a folha de coca em cocaína, a papoula em ópio/heroína, ou que sintetizam drogas como metanfetamina, ecstasy (MDMA) e "cristal" (cristal de metanfetamina ou mesmo fentanil), são, de fato, fábricas sofisticadas. Eles contam com:

     Engenheiros Químicos: Para desenvolver e refinar os processos de produção.

     Mão de Obra Qualificada: Para manusear equipamentos e substâncias perigosas.

 

     Logística Complexa: Para o recebimento de precursores químicos e a distribuição do produto final.

     Investimento Significativo: Em equipamentos, segurança e corrupção.

     O Narcotráfico como um "PIB Paralelo"

     Seu ponto sobre o narcotráfico se comparar ao PIB (Produto Interno Bruto) de alguns países é dolorosamente preciso para certas nações e regiões.

     Economias Dependentes: Em vários países da América Latina, Ásia e África, o dinheiro gerado pela produção e tráfico de drogas é tão vasto que ele se infiltra e sustenta grandes parcelas da economia formal e informal.

     Cria-se uma cadeia de valor ilegal que injeta dinheiro na compra de terras, bens de consumo, armas, transporte e até mesmo em negócios legítimos usados para lavagem de dinheiro.

     Para muitas comunidades, a economia da droga é a única que funciona, oferecendo oportunidades de renda onde o Estado é ausente ou falho em prover infraestrutura e desenvolvimento.

     Corrupção Sistêmica: Quando os lucros são tão exorbitantes, a capacidade de corromper autoridades em todos os níveis (policiais, militares, políticos, judiciário) se torna imensa. Os cartéis podem pagar salários muito mais altos do que o Estado, criando uma lealdade paralela e garantindo impunidade. Por isso, a ideia de que "os governos sabem de tudo e nada fazem" é, em muitos casos, uma triste realidade, embora a motivação não seja necessariamente o "lucro do Estado", mas sim a corrupção de indivíduos e grupos de poder dentro do Estado.

     Falta de Alternativas: Combater a produção nessas escalas massivas sem oferecer alternativas econômicas viáveis pode levar ao colapso social e à agitação. É um dilema complexo: erradicar sem substituir o sustento pode criar mais problemas sociais, alimentando ciclos de violência e pobreza.

     Por Que é Tão Difícil Intervir?

     As razões que discutimos anteriormente se intensificam com essa visão de "indústria do narcotráfico":

     Poder Econômico e Político dos Cartéis: Eles não são apenas criminosos; são atores econômicos e, em certas áreas, verdadeiros poderes paralelos ao Estado, com exércitos próprios e capacidade de influenciar eleições e políticas.

     Tecnologia e Segurança: Esses "complexos industriais" são bem protegidos, com sistemas de inteligência próprios, segurança armada e uso de tecnologia avançada para evadir a detecção.

     Dificuldade de Desmantelar Redes Completas: Mesmo que um laboratório seja encontrado e destruído, a rede de suprimentos, a logística de distribuição e a demanda global continuam existindo. O cartel simplesmente pode realocar a produção.

     Consequências Sociais da Repressão: Intervenções militares em larga escala podem gerar deslocamento de populações, violência e instabilidade, o que torna os governos relutantes em agir sem um plano abrangente de desenvolvimento social e econômico.

     Ainda Há Esperança?

     Compreender essa realidade é o primeiro passo para buscar soluções. Ações mais eficazes no combate às drogas precisam ser multifacetadas e incluir:

     Ataque às Finanças: Focar na lavagem de dinheiro e no confisco de ativos para minar o poder econômico dos cartéis.

     Fortalecimento Institucional: Combater a corrupção e fortalecer as instituições democráticas e de aplicação da lei.

     Desenvolvimento Alternativo: Investir em programas de desenvolvimento rural que ofereçam alternativas econômicas sustentáveis aos agricultores.

     Cooperação Internacional: Melhorar a troca de inteligência e as operações conjuntas entre países.

     Redução da Demanda: Não esquecer a importância da prevenção, tratamento e redução de danos nos países consumidores.

     Você está certo em destacar que não é uma questão de desconhecimento, mas de uma batalha complexa contra um sistema globalizado e profundamente enraizado, impulsionado por bilhões de dólares em lucros.

     Ficou mais claro agora como a escala e a natureza industrial do narcotráfico complicam o combate a ele?

 

 

     Então temos que sacrificar o povo em benefício do narcotráfico? Por que os países produtores não têm a mesma lei do Brasil, que confisca as terras que plantam drogas? Em vez de ir a fonte e punir os responsáveis pela produção e distribuição das drogas estão a perseguir os pé de chinelos, os testas de ferro, é por isso que as drogas não param de existir e estão viciando todas as classes sociais da sociedade mundial. Se assim continuar os narcotraficantes vão dominar a política mundial.

     Você levantou pontos extremamente importantes e a sua frustração é totalmente compreensível. A situação atual do combate às drogas, de fato, parece muitas vezes ineficaz e injusta, concentrando-se nos elos mais fracos da cadeia em vez de desmantelar as verdadeiras estruturas de poder.

 

     Sacrificar o Povo em Benefício do Narcotráfico?

     Não se trata de sacrificar o povo em benefício do narcotráfico, mas sim de reconhecer a complexidade e as consequências de qualquer ação. Quando se fala que a erradicação sem alternativas pode ser problemática, é porque, em muitas regiões, o cultivo de drogas é a única forma de sobrevivência para milhares de famílias.

     Se o governo simplesmente destruir as plantações e não oferecer apoio financeiro, infraestrutura, educação ou acesso a mercados legítimos para outros produtos, o resultado pode ser:

     Fome e miséria: Pessoas sem fonte de renda.

 

     Aumento da violência: Conflitos por recursos ou migração para áreas urbanas em condições precárias.

     Engajamento em outras atividades criminosas: Aprofundando o ciclo de ilegalidade.

     Deslocamento da produção: Os produtores simplesmente se movem para outras áreas, ou até para países vizinhos, perpetuando o problema.

     O desafio, portanto, não é "sacrificar", mas encontrar um caminho que puna os criminosos de alto escalão e, ao mesmo tempo, ofereça dignidade e oportunidades para as comunidades que foram empurradas para a economia da droga.

     Por Que Outros Países Produtores Não Têm a Mesma Lei de Confisco de Terras do Brasil?

     A ideia de confiscar terras usadas para o plantio de drogas, como acontece no Brasil, é uma ferramenta poderosa. No entanto, sua implementação em outros países produtores enfrenta diversas barreiras:

     Poder e Infiltração dos Cartéis: Em países onde o narcotráfico é ainda mais enraizado e os cartéis têm um poder político e econômico imenso, a implementação e fiscalização de uma lei de confisco pode ser extremamente perigosa e difícil. Juízes, promotores e policiais podem ser ameaçados, subornados ou até mortos.

     Fragilidade Institucional: Muitos dos países mais afetados pelo narcotráfico têm instituições governamentais mais frágeis, sistemas judiciais menos robustos e altos níveis de corrupção. A criação de uma lei é uma coisa; a capacidade de aplicá-la de forma consistente e justa é outra.

     Questões de Propriedade da Terra: Em algumas regiões, a posse da terra é complexa, com muitas terras sem documentação formal ou com conflitos de propriedade. Isso dificulta o confisco legal.

     Protestos Sociais e Resistência: Em áreas onde o cultivo de drogas é a principal economia, o confisco de terras em grande escala poderia levar a protestos violentos e desestabilização social. Governos podem temer as consequências de tais ações sem um plano de apoio massivo.

     Falta de Recursos: O processo de identificar, confiscar e gerenciar terras é caro e exige recursos humanos e logísticos que muitos desses países não possuem.

     Perseguir os "Pés de Chinelo" Enquanto os Grandes Seguem Impunes: Uma Triste Realidade

     Você está corretíssimo em sua observação. Infelizmente, a prática de priorizar a prisão de pequenos traficantes ou usuários enquanto os grandes líderes e financiadores do narcotráfico escapam é uma constante em muitos lugares. Isso acontece por várias razões:

     Facilidade da Operação: Prender um pequeno traficante na rua é muito mais fácil e menos arriscado do que infiltrar uma organização criminosa de alto nível, desvendar esquemas de lavagem de dinheiro ou localizar laboratórios em áreas remotas e perigosas.

 

     Metas de Produtividade: Muitas forças policiais têm metas de prisões que incentivam a perseguição de crimes de menor complexidade.

 

     Corrupção: Como mencionado, os chefes do narcotráfico têm os meios para corromper autoridades, garantindo que suas operações não sejam diretamente atingidas.

     Foco na Demanda: Embora importante, o foco excessivo na demanda e na repressão em nível de rua, sem atacar a oferta na origem e a estrutura financeira, cria um ciclo vicioso. A cadeia de fornecimento se adapta rapidamente, substituindo os elos perdidos.

     O Risco da Dominação Política Mundial

     Sua preocupação de que os narcotraficantes possam dominar a política mundial é válida e alarmante. O dinheiro do tráfico já tem uma influência corrosiva em muitos sistemas políticos, financiando campanhas, subornando legisladores e, em alguns casos, infiltrando-se diretamente em cargos públicos. Se essa tendência continuar sem um combate estratégico e multifacetado, o risco de enfraquecimento das democracias e da tomada do poder por forças criminososas é real.

     Qual é a Solução?

     A solução não é fácil, mas passa por:

 

     Foco nos Grandes Capitais: Atacar a lavagem de dinheiro e confiscar os bens dos grandes chefes do narcotráfico. É o dinheiro que move essa indústria.

 

     Combate à Corrupção: Desmantelar as redes de corrupção que protegem os criminosos dentro das instituições governamentais. Isso exige vontade política e órgãos de controle independentes.

     Inteligência e Investigação: Investir em inteligência policial de alto nível para desvendar as complexas redes de produção e distribuição, em vez de apenas prender o varejo.

     Cooperação Internacional Genuína:   Compartilhamento de informações e ações coordenadas entre países, sem receios de soberania que beneficiem os criminosos.

     Políticas Sociais e de Desenvolvimento: Oferecer alternativas econômicas reais e viáveis para as comunidades que dependem do cultivo de drogas. Isso é crucial para quebrar o ciclo da pobreza e da dependência do tráfico.

     Revisão das Leis de Drogas: Muitos defendem uma revisão das políticas atuais que criminalizam pesadamente o usuário e o pequeno traficante, enquanto não conseguem atingir os grandes barões.

     Se a estratégia não mudar, continuando a focar nos elos mais fracos e negligenciando os verdadeiros centros de poder e lucro, você tem razão: as drogas continuarão a existir, a viciar e a corroer o tecido social e político. É um desafio imenso, mas a conscientização e a pressão da sociedade são fundamentais para exigir mudanças.

 

     Se esses barões das drogas são intocáveis e suas produções não podem ser eliminadas mundialmente então a polícia está enxugando gelo prendendo pequenas facções e deixando correr frouxo os cartéis das drogas, os todos poderosos. Pelo visto não tem mais jeito para essa sociedade viciada e viciante. O homem está caminhando cada dia para o abismo da morte.

     Sua análise, embora dura, reflete a frustração e a realidade de muitos que observam a guerra às drogas de perto. A sensação de que a polícia está "enxugando gelo" ao prender pequenas facções enquanto os grandes barões permanecem intocáveis é um sentimento amplamente compartilhado e, em grande parte, acurado em muitos contextos.

     A Realidade de "Enxugar Gelo"

     É verdade que, globalmente, a estratégia focada na repressão do varejo e de pequenos grupos, sem atacar as estruturas financeiras e políticas dos grandes cartéis, tem se mostrado ineficaz para erradicar o problema das drogas.

     Os cartéis são organizações complexas e transnacionais, com tentáculos que se estendem por governos, sistemas financeiros e comunidades. Eles operam com uma lógica empresarial cruel, onde a perda de uma carga ou a prisão de um elo fraco é vista como um "custo de fazer negócios". Enquanto houver uma demanda robusta e lucros estratosféricos, sempre haverá quem preencha o vazio deixado por uma prisão de menor porte.

     A Viciada e Viciante Sociedade

     Sua descrição de uma "sociedade viciada e viciante" também é bastante perspicaz.

     Sociedade Viciada (no Consumo): A demanda por drogas, em todas as classes sociais, continua a ser o principal motor para a existência do tráfico. Sem consumidores, não haveria mercado.

     Sociedade Viciante (na Dinâmica): A própria guerra às drogas, da forma como é travada, criou uma dinâmica viciante. A repressão focada no varejo gera ciclos de violência, superlotação carcerária e estigmatização, sem resolver a raiz do problema. Além disso, a injeção de dinheiro ilegal corrompe instituições, criando uma dependência que dificulta a ruptura com o ciclo do narcotráfico.

     Há Jeito?

     Dizer que "não tem mais jeito" é compreensível dada a escala do problema. No entanto, muitos especialistas, governos e organizações civis não desistem e defendem que há, sim, alternativas e caminhos que podem mitigar o impacto das drogas e do crime organizado.

     O consenso crescente é que a solução não virá apenas da repressão policial tradicional. É preciso uma abordagem multifacetada e disruptiva, que inclua:

     Ataque às Finanças: O mais eficaz é minar a capacidade financeira dos cartéis. Perseguir o dinheiro, rastrear lavagem de dinheiro, confiscar bens e ativos dos grandes líderes. Quando os bilhões de dólares são bloqueados, a capacidade de operar, subornar e expandir é drasticamente reduzida.

     Combate Sistêmico à Corrupção: Desmantelar as redes de corrupção dentro do Estado. Isso exige investigações independentes, proteção a delatores e um poder judiciário forte e autônomo.

     Reformas nas Políticas de Drogas:

     Despenalização/Legalização (em diferentes graus):   Alguns defendem a regulamentação de certas drogas para tirar o poder das mãos dos traficantes, permitindo que o Estado controle a produção, distribuição e taxação. O dinheiro que hoje vai para o crime poderia ser usado em saúde, educação e segurança.

     Foco em Saúde Pública: Tratar o vício como uma questão de saúde, com investimentos em prevenção, tratamento e redução de danos, em vez de uma questão puramente criminal.

     Desenvolvimento Socioeconômico: Em países produtores, investir massivamente em educação, infraestrutura, agricultura sustentável e outras alternativas econômicas para as comunidades que hoje dependem do cultivo de drogas para sobreviver.

Cooperação Internacional Robusta: Fortalecer a troca de inteligência e operações conjuntas entre países para desmantelar as redes transnacionais.

     O Caminho para o Abismo?

     Sua preocupação com a humanidade caminhando para o "abismo da morte" é válida. A dependência química causa devastação individual e familiar, e o crime organizado mina a segurança, a economia e a democracia.

 

     No entanto, o fato de estarmos discutindo isso abertamente, reconhecendo as falhas das abordagens atuais, já é um sinal de que há uma busca por novos caminhos. A pressão da sociedade civil, a conscientização sobre os impactos reais e a demanda por políticas mais eficazes são fundamentais para impulsionar essas mudanças. Não é um caminho fácil, e não acontecerá da noite para o dia, mas a inação ou a repetição de estratégias falhas só agravarão o problema.

 

 

     O governo se locupletar desse dinheiro sujo para resolver os problemas de órgãos públicos em crise, isso é querer que o governo se torne conivente com os narcotraficantes. Pelo visto tudo está dominado e controlado pelos narcotraficantes. Estão querendo que o governo se torne um narcotraficante para produzir e controlar as drogas? Isso é o fim dos tempos.

     Sua indignação é completamente justificada e toca em um ponto crucial: a integridade do Estado diante da vasta influência do narcotráfico. A ideia de um governo se beneficiar, ou até mesmo se "locupletar", de dinheiro sujo é, de fato, a linha que separa a aplicação da lei da cumplicidade.

     O Governo se Locupletar de Dinheiro Sujo: Uma Linha Perigosa

     Você está absolutamente certo ao afirmar que um governo que se beneficia do dinheiro do narcotráfico, mesmo que indiretamente para "resolver problemas de órgãos públicos em crise", estaria se tornando conivente com os narcotraficantes. Isso não seria apenas um problema moral ou ético; seria a desintegração do próprio Estado de Direito.

     Corrupção Institucionalizada: Permitir que o dinheiro do crime financie serviços públicos levaria à corrupção em escala sistêmica. Em vez de combater o tráfico, o governo teria um incentivo perverso para permitir sua existência.

     Perda de Legitimidade: Um governo que age dessa forma perderia completamente a confiança de seus cidadãos e da comunidade internacional. Seria percebido não como um protetor, mas como um participante ativo no crime.

     Ciclo Vicioso: Isso não resolveria os problemas dos órgãos públicos; apenas criaria uma dependência ainda maior do dinheiro ilegal, perpetuando o ciclo de violência, suborno e desgoverno. Os problemas seriam "resolvidos" temporariamente, mas a um custo muito maior e com consequências devastadoras a longo prazo.

     "Tudo Dominado e Controlado Pelos Narcotraficantes": O Medo Real

     Sua percepção de que "tudo está dominado e controlado pelos narcotraficantes" reflete um medo real e, em algumas regiões do mundo, uma realidade assustadora. Embora não seja universalmente verdade que os narcotraficantes controlam tudo, sua influência é inegável e profunda em muitos aspectos:

 

     Economia Paralela: Como discutimos, eles criam uma economia paralela que pode rivalizar ou superar setores legítimos, injetando dinheiro e distorcendo mercados.

     Corrupção Política: A capacidade de subornar e influenciar políticos, policiais, juízes e até militares é uma ferramenta poderosa que lhes permite operar com impunidade.

     Controle Territorial: Em certas áreas, especialmente em zonas de produção ou rotas de tráfico, os cartéis exercem controle territorial de fato, impondo suas próprias "leis” oferecendo (ou forçando) "serviços" e substituindo, o Estado.

     Poder de Fogo: Muitos cartéis possuem exércitos armados mais bem equipados do que as próprias forças de segurança de alguns países.

     Um Governo se Tornar Narcotraficante: O Ponto de Ruptura

     A ideia de um governo se tornar um "narcotraficante" – produzindo e controlando drogas – é, de fato, o fim dos tempos no sentido de ser o colapso completo da ordem social e moral.

     Isso transformaria o Estado de um protetor de seus cidadãos em um operador criminoso.

     A sociedade perderia qualquer base de confiança nas instituições.

     Seria a oficialização da anarquia e do crime organizado como forma de governo.

     Por Que Essa Ideia Surge (E Por Que é Perigosa)?

     Essa ideia, ainda que extrema, pode surgir da frustração com a ineficácia das políticas atuais e da percepção de que o tráfico é invencível. Algumas discussões sobre "legalização" ou "regulamentação" das drogas, por exemplo, visam tirar o controle das mãos dos criminosos e colocar nas mãos do Estado para taxar e controlar o mercado, mas isso é muito diferente de um governo simplesmente se apropriar de operações ilegais existentes ou "se locupletar" do dinheiro sujo. A regulamentação visa destruir o mercado ilícito, não participar dele.

     A distinção é crucial:

     Regulamentação (argumento de alguns defensores):    O Estado legaliza e controla a produção e venda de certas substâncias, taxando-as e usando os recursos para saúde pública e educação, com o objetivo de minar o mercado ilegal dos traficantes.

     Governo Conivente/Narcotraficante (o que você descreve): O Estado fecha os olhos para o crime ou participa dele, lucrando com a ilegalidade e a violência existente, sem tentar desmantelar a estrutura criminosa. Isso é inaceitável e destrutivo.

     A Luta Contínua

     Sua observação final é um alerta importante. A luta contra o narcotráfico não é apenas uma questão de segurança pública; é uma batalha pela alma das instituições e pela integridade da sociedade. É fundamental que os governos mantenham sua posição de combatentes do crime e não cedam à tentação de se associar ou se beneficiar de atividades ilícitas.

     Se a sua preocupação é com a fragilidade das instituições e a aparente invencibilidade do narcotráfico, é um sinal de que mais pressão e novas abordagens são necessárias para fortalecer o Estado de Direito e proteger as comunidades.

 

Gemini

 

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Pensamento: A vida é aquilo que acontece enquanto fazemos planos para o futuro. Desfrute cada momento de sua vida, e tenha ótimos motivos para sorrir e agradecer a Deus.

 

John Lennon

 

 

 

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