Planeta falha todas as metas para limitar
o aquecimento global
Nenhum dos 45 indicadores avaliados está
no caminho certo para atingir as metas definidas para 2030, revela o relatório
State of Climate Action 2025. Financiamento climático global tem de aumentar
seis vezes.
O planeta está fora de rota para travar o
aquecimento global em 1,5 graus, como previsto no Acordo de Paris. A conclusão
é do relatório State of Climate Action 2025, que descreve um quadro alarmante
quando faltam apenas cinco anos para o final da década. “Nenhum dos 45
indicadores avaliados está no caminho certo para atingir as metas de 2030
compatíveis com 1,5 graus”, apontam os autores.
O documento, publicado pelo World
Resources Institute e diversos parceiros internacionais, mostra que “as ações
climáticas não se materializaram à escala e ao ritmo necessários para cumprir o
Acordo de Paris”. Metade da década crítica para agir já ficou para trás, e
cinco indicadores estão mesmo “a mover-se na direção errada”.
Entre eles, destaca-se o aumento do
financiamento público aos combustíveis fósseis, que cresceu em média 75 mil
milhões de dólares por ano desde 2014, e o retrocesso na descarbonização do
aço, com as “emissões de CO2 por tonelada de aço bruto a aumentar nos últimos
cinco anos”. O relatório também aponta que “a quota das viagens feitas em
automóveis de passageiros continua a subir, representando cerca de metade de
todos os quilómetros percorridos”.
Apesar de alguns progressos em setores
como o das energias renováveis, com a produção elétrica a partir de solar e
eólica em mais do triplo desde 2015, o balanço global é insuficiente. “O ritmo
atual de mudança é demasiado lento: 29 indicadores exigem pelo menos uma
aceleração de duas a quatro vezes até 2030”, assinala o relatório.
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O estudo lembra ainda que 2024 foi o
primeiro ano em que a temperatura global média permaneceu 1,55 graus acima dos
níveis pré-industriais. Embora isso “não signifique uma violação formal do
Acordo de Paris”, é um aviso claro de que “o mundo está perigosamente próximo
de ultrapassar o limite”.
Mesmo assim, os autores insistem que o
objetivo ainda é tecnicamente possível, desde que a ação seja concertada e
eficaz. “Temos uma pequena janela de tempo, não para evitar todos os impactos,
mas para limitar os danos às pessoas e ecossistemas. Devemos
usá-la com a
urgência que este momento exige”, afirmam.
O State of Climate Action 2025 oferece
ainda um roteiro detalhado para acelerar transformações em seis setores
responsáveis por 86% das emissões globais - energia, transportes, indústria,
edifícios, florestas e agricultura. Há ainda medidas sugeridas em duas áreas
transversais: financiamento climático e remoção tecnológica de carbono.
Os números são claros e mostram que o
setor energético continua a ser o maior poluente, responsável por 27% das
emissões globais de gases com efeito de estufa. Já o financiamento climático
público global totalizou 650 mil milhões de dólares em 2023, um valor “muito
aquém das necessidades”, que exigem um aumento “de mais de seis vezes até 2030”
para atingir entre 3,8 e 5,9 biliões de dólares anuais.
O relatório reconhece que houve “avanços
notáveis na adoção de tecnologias de baixo carbono, como o hidrogénio verde e a
captura direta de carbono”, mas alerta que a lentidão estrutural ameaça tornar
os danos irreversíveis.
“Mesmo que a temperatura global ultrapasse
temporariamente o limite de 1,5 graus, o mundo deve continuar exatamente o que
deveria estar a fazer hoje: reduzir rapidamente as emissões e aumentar as
remoções” aponta. O tempo “está a esgotar-se, e o custo da inação é demasiado
alto para ser calculado”.
Planeta falha todas as metas para limitar
o aquecimento global
Nenhum dos 45 indicadores avaliados está
no caminho certo para atingir as metas definidas para 2030, revela o relatório
State of Climate Action 2025. Financiamento climático global tem de aumentar
seis vezes mais.
Planeta falha todas as metas para limitar
o aquecimento global
Nenhum dos 45 indicadores avaliados está
no caminho certo para atingir as metas definidas para 2030, revela o relatório
State of Climate Action 2025. Financiamento climático global tem de aumentar
seis vezes.
Medialivre
Comentário:
Todas essas convenções, acordos e COP-30,
todas elas, foram papo furado, não deram em nada, todos ou alguns se comprometeram,
mas não cumpriram com a palavra dada. Não se pode esperar nada desses políticos
nacionais e internacionais são todos farinha do mesmo saco. Todas as COPs são
gastos que os países fazem e são desnecessários porque essas convenções não dão
em nada, só querem dinheiro para o seu próprio uso, estão usando o problema climático
para angariar fundos, mas não é para aplicar no meio ambiente e nem resolver os
problemas mundiais. Já se passaram trinta COPs e até agora nada fizeram pelo
clima, só conversa mole.
Os incêndios criminosos e os desmatamentos
estão por aí a destruir as florestas, em troca de Dólares comerciais, as
exportações estão acima das necessidades do povo, a COP-30 vai condenar a
exploração de combustíveis fósseis, mas o Brasil como anfitrião da COP-30 deu o
primeiro passo infalso, optou pela exploração do petróleo marítimo no Norte do
Brasil. Dizendo que era seguro a exploração, mas não disse que essa exploração
é mais uma fonte de poluição, degradação do meio ambiente, contaminação do ar,
e aumentando o aquecimento global. Dizem uma coisa e fazem outra. Dois pesos e
duas medidas. Isso já mostra o fracasso da COP-30 e nenhuma autoridade mundial
vai investir milhões de dólares num barco furado.
Ernani Serra
https://averdadenainternet.blogspot.com/search?q=COP
https://globoplay.globo.com/v/14034159/
Pensamento: Pessoas sem
palavras são as que mais exigem respeito, e são as que menos merecem.
Viviane Azevedo
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